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Trujillo e as razzias: extractos da Geografia de El-Idrisi
«... De Mérida a Cantara as-saif (Alcântara), 2 jornadas.
Cantara-as-saif é uma das maravilhas do mundo. É uma fortaleza construída sobre uma ponte. A população habita nesta fortaleza onde está ao abrigo de qualquer perigo, uma vez que só a podem atacar do lado da porta.
De Cantara-as-saif a Coria, são duas jornadas.
A cidade de Coria está actualmente na mão dos cristãos. Limitada por fortes muralhas, é antiga e enorme. É uma excelente fortaleza e uma bela cidade. O seu território é extremamente fértil e produz fruta em abundância, sobretudo uvas e figos.
[...]
De Santarém a Badajoz contam-se 4 jornadas. À direita da estrada está Elvas, cidade fortaleza situada ao pé de uma montanha. Na agradável região que a envolve há numerosas habitações e bazares. As mulheres são de uma grande beleza.
De lá a Badajoz são 12 milhas.
De Mérida a Caracuel, fortaleza, 5 jornadas.
De Caracuel a Calatrava, nas margens do Iâna , [falta a distância]
Este último rio tem a sua nascente nos prados situados acima de Calatrava, passa ao lado da aldeia de Iâna, depois ao pé de Calatrava, depois junto da fortaleza de Aranda, depois em Mérida, depois Badajoz, depois perto de Cherîcha (Xeres los Caballeros), depois em Mértola, depois desagua no Oceano.
De Calatrava a Aralia, fortaleza, 2 jornadas. De lá a Toledo, 1 jornada.
De Calatrava, dirigindo-se para norte, à fortaleza de al-Balât, 2 jornadas.
Deste forte a Talavera, 2 jornadas.
De Cantara as-saif a al-Makhâdha, 4 jornadas.
De al‑Makhâdha a Talavera, 2 jornadas.
De Mérida a Medellin, 2 jornadas fracas. Esta última fortaleza está bem povoada; os seus cavaleiros e peões fazem incursões e razzias no país dos cristãos.
De Medellin a Trujillo, 2 jornadas fracas.
Esta última cidade é grande e parece uma fortaleza; os seus muros estão solidamente construídos, e tem bazares bem aprovisionados. Os habitantes desta praça, tanto peões como cavaleiros, fazem continuamente incursões no país dos cristãos. Ordinariamente fazem pilhagens e servem-se da astúcia.
De lá a Cáceres, 2 jornadas fracas. Esta última praça é igualmente forte; reunem-se aqui para pilhar e devastar o país dos cristãos.
De Miknésa a Makhâdha al‑Balât, 2 jornadas.
De al‑Balât a Talavera, 2 jornadas.
Talavera é uma grande cidade construída nas margens do Tejo; a cidadela está perfeitamente fortificada, e a cidade é notável pela sua beleza, a sua extensão e a variedade das suas produções.
As viagens dos portugueses começaram muito antes do que aquilo, que oficialmente se diz, senão vejamos o que o geógrafo árabe do século XI, escreveu:
«[...]
De al-Caçr a Lisboa, 2 jornadas.
Lisboa está construída na margem setentrional do rio Tejo; é aquele sobre o qual está localizada Toledo. A sua largura depois de Lisboa é de 6 milhas, e a maré faz-se ressentir violentamente. Esta bela cidade que se estende ao longo do rio, está limitada por muralhas e protegida por um castelo. No centro da cidade há fontes de água quente tanto no inverno como no verão.
Situada nas proximidades do Oceano, esta cidade tem à sua frente, na margem oposta, o forte de al-Ma’dan (Almada), assim designado porque o mar lança grãos de ouro na margem. Durante o inverno os habitantes da zona vão junto do forte à procura deste metal e isto dura até que acaba a estação rigorosa. É um facto curioso que nós mesmos testemunhámos.
Foi de Lisboa que partiram os Aventureiros, aquando da sua expedição tendo como objecto de saber o que continha o Oceano e quais eram os seus limites, como já foi dito. Existe ainda em Lisboa, perto dos banhos quentes, uma rua que se chama Rua dos Aventureiros.
Vejamos como a coisa se passou: eles reuniram-se ao número de oito, todos parentes próximos; e depois de terem construído um navio mercante, embarcaram água e víveres em quantidade suficiente para uma navegação de vários meses. Lançaram-se ao mar ao primeiro sopro de vento de este. Depois de terem navegado durante onze dias ou cerca disso, chegaram a um mar cujas ondas compactas exalavam um odor fétido, escondiam numerosos recifes que eram difíceis de ver. Temendo o perigo, mudaram a direcção das suas velas, correram para sul durante doze dias, e alcançaram a ilha dos Carneiros, onde numerosos rebanhos pastavam sem pastor e sem pessoa para os guardar.
Tendo posto pé nesta ilha, encontraram uma fonte água corrente e perto daí uma figueira selvagem. Apanharam e mataram algumas ovelhas, mas a carne era tão amarga que era impossível de comer. Só aproveitaram as peles. Navegaram ainda doze dias para sul e encontraram enfim uma ilha que parecia habitada e cultivada; aproximaram-se a fim de saber o que era; pouco tempo depois foram envolvidos por barcas, feitos prisioneiros e conduzidos a uma cidade situada no litoral. Desceram e foram conduzidos a uma casa onde viram homens de alta estatura e de cor alaranjada- avermelhada, que tinham pouca barba e mantinham os cabelos longos (não frisados), e as mulheres que eram de uma rara beleza. Durante três dias ficaram prisioneiros numa divisão desta casa. O quarto dia viram vir um homem falando uma língua árabe, que lhes pergunta o que eles eram, porque é que tinham vindo, e qual era o seu país. Eles contaram-lhe a sua aventura; aquele dá-lhes boas esperanças e fez-lhes saber que era um intérprete do rei. No dia seguinte foram apresentados ao rei, que lhe faz as mesmas perguntas e ao qual eles responderam, como já tinham feito no dia anterior ao intérprete, que se tinham aventurado ao mar para saber o que poderia ter de singular e de curioso, e a fim de constatar os seus limites extremos.
Logo que o rei os ouviu assim falar pôs-se a rir e disse ao intérprete: «Explica a esta gente que o meu pai tendo outrora prescrito a alguns dos seus escravos a embarcarem neste mar, eles percorreram-no, em largura, durante um mês, até que, a luz (do céu) lhes faltou, eles foram obrigados a renunciar e essa vã empresa. O rei ordena depois ao intérprete de transmitir aos aventureiros uma magnanimidade da sua pessoa, de forma a que eles ficassem com uma boa opinião dele, o que foi feito. Eles voltaram então à sua prisão, e aí ficaram até que um vento de oeste se elevasse e tapando-lhe os olhos, fê-los entrar numa barca e navegaram durante algum tempo no mar. «Nós andámos», disseram eles, «cerca de três dias e três noites, e atingimos de seguida uma terra onde nos desembarcam, com as mãos atadas atrás das costas, numa praia, onde fomos abandonados. Aí ficámos até ao nascer do sol, no mais triste estado, por causa das faixas que nos apertavam fortemente e nos incomodavam bastante; por fim, tendo ouvido ruído e vozes humanas, nós pusemo-nos a gritar. Então alguns habitantes do país vieram até nós, tendo-nos encontrado numa situação tão miserável, desataram-nos e fizeram-nos numerosas questões às quais nós respondemos pela narração da nossa aventura. Eram berberes. Um de entre eles disse-nos: «Vós sabeis qual é a distância que vos separa do vosso país?» E à nossa resposta negativa, ele acrescenta: «Entre o ponto onde vós vos encontrais e a vossa pátria há dois meses de caminho». O chefe dos aventureiros disse então: wâ asafi (interjeição de desespero: «!»); é por isso que o nome deste lugar ainda hoje é de Asafî. É o porto de que já falámos como estando na extremidade do ocidente [...]».
Vejamos um extracto da Geografia de El-Idrisi, sobre os aventureiros do século X-XI:
«[...]
De al-Caçr a Lisboa, 2 jornadas.
Lisboa está construída na margem setentrional do rio Tejo; é aquele sobre o qual está localizada Toledo. A sua largura depois de Lisboa é de 6 milhas, e a maré faz-se ressentir violentamente. Esta bela cidade que se estende ao longo do rio, está limitada por muralhas e protegida por um castelo. No centro da cidade há fontes de água quente tanto no inverno como no verão.
Situada nas proximidades do Oceano, esta cidade tem à sua frente, na margem oposta, o forte de al-Ma’dan (Almada), assim designado porque o mar lança grãos de ouro na margem. Durante o inverno os habitantes da zona vão junto do forte à procura deste metal e isto dura até que acaba a estação rigorosa. É um facto curioso que nós mesmos testemunhámos.
Foi de Lisboa que partiram os Aventureiros, aquando da sua expedição tendo como objecto de saber o que continha o Oceano e quais eram os seus limites, como já foi dito. Existe ainda em Lisboa, perto dos banhos quentes, uma rua que se chama Rua dos Aventureiros.
Vejamos como a coisa se passou: eles reuniram-se ao número de oito, todos parentes próximos; e depois de terem construído um navio mercante, embarcaram água e víveres em quantidade suficiente para uma navegação de vários meses. Lançaram-se ao mar ao primeiro sopro de vento de este. Depois de terem navegado durante onze dias ou cerca disso, chegaram a um mar cujas ondas compactas exalavam um odor fétido, escondiam numerosos recifes que eram difíceis de ver. Temendo o perigo, mudaram a direcção das suas velas, correram para sul durante doze dias, e alcançaram a ilha dos Carneiros, onde numerosos rebanhos pastavam sem pastor e sem pessoa para os guardar.
Tendo posto pé nesta ilha, encontraram uma fonte água corrente e perto daí uma figueira selvagem. Apanharam e mataram algumas ovelhas, mas a carne era tão amarga que era impossível de comer. Só aproveitaram as peles. Navegaram ainda doze dias para sul e encontraram enfim uma ilha que parecia habitada e cultivada; aproximaram-se a fim de saber o que era; pouco tempo depois foram envolvidos por barcas, feitos prisioneiros e conduzidos a uma cidade situada no litoral. Desceram e foram conduzidos a uma casa onde viram homens de alta estatura e de cor alaranjada- avermelhada, que tinham pouca barba e mantinham os cabelos longos (não frisados), e as mulheres que eram de uma rara beleza. Durante três dias ficaram prisioneiros numa divisão desta casa. O quarto dia viram vir um homem falando uma língua árabe, que lhes pergunta o que eles eram, porque é que tinham vindo, e qual era o seu país. Eles contaram-lhe a sua aventura; aquele dá-lhes boas esperanças e fez-lhes saber que era um intérprete do rei. No dia seguinte foram apresentados ao rei, que lhe faz as mesmas perguntas e ao qual eles responderam, como já tinham feito no dia anterior ao intérprete, que se tinham aventurado ao mar para saber o que poderia ter de singular e de curioso, e a fim de constatar os seus limites extremos.
Logo que o rei os ouviu assim falar pôs-se a rir e disse ao intérprete: «Explica a esta gente que o meu pai tendo outrora prescrito a alguns dos seus escravos a embarcarem neste mar, eles percorreram-no, em largura, durante um mês, até que, a luz (do céu) lhes faltou, eles foram obrigados a renunciar e essa vã empresa. O rei ordena depois ao intérprete de transmitir aos aventureiros uma magnanimidade da sua pessoa, de forma a que eles ficassem com uma boa opinião dele, o que foi feito. Eles voltaram então à sua prisão, e aí ficaram até que um vento de oeste se elevasse e tapando-lhe os olhos, fê-los entrar numa barca e navegaram durante algum tempo no mar. «Nós andámos», disseram eles, «cerca de três dias e três noites, e atingimos de seguida uma terra onde nos desembarcam, com as mãos atadas atrás das costas, numa praia, onde fomos abandonados. Aí ficámos até ao nascer do sol, no mais triste estado, por causa das faixas que nos apertavam fortemente e nos incomodavam bastante; por fim, tendo ouvido ruído e vozes humanas, nós pusemo-nos a gritar. Então alguns habitantes do país vieram até nós, tendo-nos encontrado numa situação tão miserável, desataram-nos e fizeram-nos numerosas questões às quais nós respondemos pela narração da nossa aventura. Eram berberes. Um de entre eles disse-nos: «Vós sabeis qual é a distância que vos separa do vosso país?» E à nossa resposta negativa, ele acrescenta: «Entre o ponto onde vós vos encontrais e a vossa pátria há dois meses de caminho». O chefe dos aventureiros disse então: wâ asafi (interjeição de desespero: «!»); é por isso que o nome deste lugar ainda hoje é de Asafî. É o porto de que já falámos como estando na extremidade do ocidente. »
Segundo Ptolomeu Lancia Oppidana era a norte de Augustobriga, muito perto de Salmantica. No entanto, todas as coordenadas não são muito exactas, por isso, onde seria, efectivamente, Lancia Oppidana?
De facto a toponímia é muito semelhante, mas não só, o próprio falar (a fala), também, pois na raia fala-se (falava-se) um dialecto com misturas de galaico-português e asturo-leonês (os mais conhecidos são o lagarteiru e o valverdeiru), mas do lado português, também. Nos concelhos de Almeida e Sabugal, as pessoas idosas ainda usam essa maneira de falar (comum a La Albergaria, em Castilla y Léon, na fronteira), aliás, a fronteira, durante séculos existiu só de forma formal, pois as pessoas da raia tinham terrenos em Espanha e vice-versa...
Há tempos falei com um senhor idoso de uma localidade chamada Arrifana, na freguesia de Vilar Maior, e ele referia-se à «vila» como sendo Vilar Maior (que foi sede de Concelho até ao século XIX) e à «cidade» como sendo Ciudad Rodrigo, pois foi a sede de bispado, até há poucos séculos atrás, cuja área de influência abrangia as terras de Riba Côa (isso deixou de acontecer com a criação do bispado de Pinhel). Muitos anos passaram, mas nas tradições e nas expressões utilizadas ainda continua presente essa realidade de um tempo passado. Ainda hoje, no dia a dia, se utiliza uma mistura de português com espanhol (uma forma de falar incompreensível para as gentes do litoral deste país).
Já que estão a falar de «cantaros», não posso deixar de dizer que em Portugal, Cantaro é uma vasilha grande de barro (era utilizada para conter água, azeitonas, etc). Normalmente estava imobilizada.
Ao contrária, a «cantara» era mais pequena e servia para ir buscar água à fonte por exemplo.
Claro, el puente, de romano solamente tiene las fundaciones de los arcos, pues en Edad Media, fue reconstruido. Los arcos en estilo ojival sierven de testigo.
«Capela românica, que alguns historiadores crêem ter sido construída sobre um templo de edificação romana. Quando foi restaurada em 1954 pela DGEMN encontrou-se sob o pavimento um torso imperial romano do séc. II ,hoje no Museu da cidade e já antes, em 1951, quando se abriu a Avenida da estação, puseram-se à luz do dia, ao lado da capela, as ruínas de um hippocaustum (segundo o historiador Adriano Vasco Rodrigues) o que vem confirmar no local a existência de um burgo romano que talvez fosse a Lancia Oppidana de tão remota tradição».
(3) para otros, Belmonte era de «… origem romana e vigilante da largaregião e da via militar queligava (Lancia Oppidana)aMerida … ».
Bem, comecei a ler as opiniões que constam deste forum. O artigo inicial é bastante interessante. No entanto, o tempo foi passando e desisti de encontrar a resposta à pergunta inicial, que era isso que me interessava: «Quem foram os nossos antepassados?»
Todavia, levei com uma enchurrada de porcaria fundamentalista, tanto dum lado como do outro.
Possivelmente nunca se viram ao espelho? Quem é que escreve a história? Quando é que a história é escrita?
Há pouco mais de um século a história vigente, única e oficial, era a história sagrada ensinada pelos padres. Os regimes ditatoriais aplicaram o conceito de raça concebido pelos deterministas e evolucionistas. Por isso, para os nazis a raça pura era a ariana; Salazar, a raça lusitana; Franco, a raça hispânica, e sei lá mais o quê.
Basta ver que os povos da Ibéria, na sua maioria, não se distinguem de outros povos do sul como sejam os italianos, os gregos e os turcos. Basta atravessar os Perinéus ou os Alpes, nota-se logo que estamos noutro país, pois a cor da pele e do cabelo é outra.
O mesmo se passa quando se atravessa o Reno. É nítido: o povo alemão de além-Reno tem uma fisionomia bastante diferente dos franceses da Alsácia.
O andaluz é o povo mais mestiço, e por isso, mais tolerante da Ibéria. Enquanto que os povos do norte são racialmente mais homogéneos, porque viveram sempre mais afastados.
Isto nota-se bem em Portugal.
O nortenho é mais áspero e intolerante que o algarvio. Ou seja, as pessoas do sul, em parte já apanharam influências milenares e por isso, «pensam-nas e calam-se». Que cada um entenda isto como queira.
Já Estrabão, há dois milénios, dizia:
«Iberia also produces quantities of those roots that are useful for dyeing. As for olive-trees, grape-vines, fig-trees, and the similar plants, the Iberian coast on Our Sea is richly supplied with them all, as is also a great part of the outer coasts. But the ocean-coast on the north has none on account of the cold, and, for the most part, the rest of the ocean-coast has none on account of the slovenly character of the people and the fact that they live on a low moral plane — that is, they have regard, not for rational living, but rather for satisfying their physical needs and bestial instincts — unless some one thinks those men have regard for rational living who bathe with urine which they have aged in cisterns, and wash their teeth with it, both they and their wives, as the Cantabrians and the neighbouring peoples are said to do. But both this custom and that of sleeping on the ground the Iberians share with the Celts. Some say the Callaicans have no god, but the Celtiberians and their neighbours on the north offer sacrifice to a nameless god at the seasons of the full moon, by night, in front of the doors of their houses, and whole households dance in chorus and keep it up all night. The Vettonians, when they visited the camp of the Romans for the first time, upon seeing some of the officers promenading up and down the streets merely for the sake of walking around, supposed they were crazy and proceeded to lead the way for them to the tents, thinking they should either remain quietly seated or else be fighting […]»
Ou seja, segundo ele, os povos do norte viviam de forma irracional, uma vez que viviam para satisfazer as suas necessidades físicas e os seus instintos primários. Para não falar nos hábitos de higiene a que o autor faz alusão.
Quanto aos povos do sul:
«The Turdetanians are ranked as the wisest of the Iberians; and they make use of an alphabet, and possess records of their ancient history, poems, and laws written in verse that are six thousand years old, as they assert. And also the other Iberians use an alphabet, though not letters of one and the same character, for their speech is not one and the same, either».
Quanto ao tema em epígrafe:
Quero tecer algumas considerações. Pelo menos no território português, então governado pelos muçulmanos, grande parte da população não era muçulmana e muito menos árabe ou berbere.
Primeiro, na região onde vivo, mais de 30% da população, segundo alguns cálculos era judia;
Segundo, quando os cruzados a caminho da «terra santa», aquando da 2.ª cruzada, conquistaram algumas cidades, a população que eles chacinaram era maioritariamente cristã.
Limito-me a apresentar o que o geógrafo El-Idrisi dizia:
1.º Havia uma cidade chamada Santa Maria de al-Garb (possivelmente Faro, pois a ilha em frente, ainda hoje se chama Santa Maria).
2.º Silves e a sua região eram povoadas por árabes oriundos do Iemem:
«Silves, jolie ville bâtie dans une plaine, est entourée d'une forte muraille. Ses environs sont plantés en jardins et en vergers ; on y boit l'eau d'une rivière qui baigne la ville du côté du midi, et qui fait tourner des moulins. La mer Océane en est à trois milles du côté de l'occident. Elle a un port sur la rivière et des chantiers. Les montagnes environnantes produisent une quantité considérable de bois qu'on exporte au loin. La ville est jolie et l'on y voit d'élégants édifices et des marchés bien fournis. Sa population ainsi que celle des villages environnants se compose d'Arabes du Yémen et d'autres, qui parlent un dialecte arabe très-pur ; il savent aussi improviser des vers, et ils sont tous éloquents et spirituels, les gens du peuple aussi bien que les personnes des classes élevées. Les habitants des campagnes de ce pays sont extrêmement généreux ; nul ne l'emporte sur eux sous ce rapport. La ville de Silves fait partie de la province d'ach-Chinchîn, dont le territoire est renommé par ses jardins plantés de figuiers ; on exporte ces figues vers tous les pays de l'Occident ; elles sont bonnes, délicates, appétissantes, exquises. »
3.º havia, de certa forma, tolerância religiosa, embora cada qual no seu lugar, senão vejamos :
«De là à l'église du Corbeau, 7 milles. Cette église n'a point éprouvé de changements depuis l'époque de la domination chrétienne ; elle possède des terres, les âmes pieuses ayant la coutume de lui en donner, et des présents apportés par les chrétiens qui s'y rendent en pèlerinage. Elle est située sur un promontoire qui s'avance dans la mer. Sur le faîte de l'édifice sont dix corbeaux ; jamais personne ne les a vus manquer, jamais personne n'a pu constater leur absence ; les prêtres desservant l'église racontent au sujet de ces corbeaux des choses merveilleuses, mais on douterait de la véracité de celui qui voudrait les répéter. Du reste il est impossible de passer par là sans prendre part au grand repas que donne l'église ; c'est une obligation immuable, un usage dont on ne se départ jamais, et auquel on se conforme d'autant plus exactement qu'il est ancien, transmis d'âge en âge et consacré par une longue pratique. L'église est deservie par des prêtres et des religieux. Elle possède de grands trésors et des revenus fort considérables, qui proviennent pour la plupart de terres qui lui ont été léguées dans différentes parties de l'Algarve. Ils servent aux besoins de l'église, de ses serviteurs, de tous ceux qui y sont attachés à quelque titre que ce soit, et des étrangers qui viennent la visiter en petit ou en grand nombre. »
Neste caso El-Idrisi, fala de um mosteiro, bastante rico, era centro de peregrinação, que oferecia refeições gratuitamente aos peregrinos. Possuía propriedades por todo o Algarve, e que não tinha sofrido alterações desde a época de domínio cristão.
Quanto às outras comunidades cristãs:
«Tarragone est une ville juive bâtie sur les bords de la mer. Elle a des murs de marbre, des forts et des tours. Il n'y demeure que peu de chrétiens. »
«Entre le sud et l'ouest (de Cabra) est Lucena, la ville des juifs. Le faubourg est habité par des musulmans et quelques juifs ; c'est là que se trouve la mosquée cathédrale, mais il n'est point entouré de murs. La ville, au contraire, est ceinte de bonnes murailles ; de toutes parts elle est environnée par un fossé profond et par des canaux dont le trop-plein se décharge dans ce fossé. Les juifs habitent l'intérieur de la ville et n'y laissent pas pénétrer les musulmans. Les juifs y sont plus riches qu'en aucun des pays soumis à la domination musulmane, et ils s'y tiennent sur leurs gardes contre les entreprises de leurs rivaux. »
Sobre a invasão o geógrafo conta o seguinte episódio:
« Les musulmans étaient venus par le Djebel-Târik (Gibraltar), nom qui fut donné à cette montagne parce que Târik, fils d'Abdallâh, fils de Wanmou, de la tribu de Zenâta, lorsqu'il eut passé (le détroit) avec ses Berbères et qu'il s'y fut fortifié, s'aperçut que les Arabes se méfiaient de lui. Voulant faire cesser ces soupçons, il ordonna de brûler les navires avec lesquels il était passé ; de cette manière il atteignit son but.»
Espero que se discutam mais factos e menos ideologia serôdia.
Segundo la web oficial de Valverde-de-Fresno «Aunque no se ha podido demostrar fehacientemente, son varios los investigadores que han apuntado la situación de Interannia sobre la actual ubicación de las mal conservadas ruinas de Salvaleón; puesto que Interannia era un pueblo estipendiario de la provincia de Lusitania cuyos moradores contribuyeron a la construcción del puente de Alcántara». in http://www.iraitz.net/valverdedelfresno/index.php?id=9
Segundo Ptolomeu, o povo vetão, ocupava a área mais oriental da Lusitânia e possuía as seguintes cidades (com a respectiva longitude e latitude):
Lancia oppidana (8*30; 41°40)
Cottaeobriga (8*00; 41°30)
Salmantica (8*50; 41°50)
Augustobriga (8*00; 41°15)
Ocelum (8*20; 41°15)
Capara (8*30; 41°00)
Manliana (8*20; 41°00)
Laconimurgi (8*20; 40°45)
Diobriga (8*40; 40°40)
Obila (8*50; 40°25)
Lama (8*30; 40°05)
Este geógrafo, que viveu no Século II, começa das cidades localizadas mais a norte. Deste modo, localizando estas cidades num sistema de coordenadas, chegamos às seguintes conclusões: Lancia Oppidana está à mesma longitude de Caparra e Lama e à mesma latitude de Salmantica e Cottaeobriga.
Por que será que grande parte de árvores tem o sufixo «eira»? Exemplos: oliveira, videira, macieira, pereira, macieira, marmeleiro, abrunheiro, amieiro, ...
Basta ver que as gravuras rupestres do vale do Côa e de Siega Verde, têm uma grande antiguidade. Além de que estes vales profundos encaixados na superfície aplanada da meseta tinham um micro-clima mais favorável do que o das costas cantábricas. Assim o creio ...
Reuveannabaraecus: De facto é difícil, pelo facto de o gradeamento à volta limitar o espaço. Quanto às ruínas em si. Depois de as analisar atentamente, parece que algumas das portas foram abertas, num período posterior, não fazendo parte do edíficio original. Pois este primava pela simetria. Alguns dos materiais, também foram utilizados, durante a época visigótica (possivelmente); pois pareceu-me ver os restos dos alicerces de uma igreja (na zona mais oriental).
Biblioteca: CELTAS DE IBERIA
Biblioteca: RESUMEN DE LA RECONQUISTA EXTREMEÑA
Trujillo e as razzias: extractos da Geografia de El-Idrisi
[...]»
Biblioteca: RESUMEN DE LA RECONQUISTA EXTREMEÑA
Biblioteca: A VÍABILIDADE DO REINO PORTUGUÉS
Biblioteca: BEREBERES II: Protohistoria del Norte de Africa y su relación con la península ibérica.
Biblioteca: La Vettonia portuguesa
Segundo Ptolomeu Lancia Oppidana era a norte de Augustobriga, muito perto de Salmantica. No entanto, todas as coordenadas não são muito exactas, por isso, onde seria, efectivamente, Lancia Oppidana?
Biblioteca: La Vettonia portuguesa
Reuveannabaraecus:
De facto a toponímia é muito semelhante, mas não só, o próprio falar (a fala), também, pois na raia fala-se (falava-se) um dialecto com misturas de galaico-português e asturo-leonês (os mais conhecidos são o lagarteiru e o valverdeiru), mas do lado português, também. Nos concelhos de Almeida e Sabugal, as pessoas idosas ainda usam essa maneira de falar (comum a La Albergaria, em Castilla y Léon, na fronteira), aliás, a fronteira, durante séculos existiu só de forma formal, pois as pessoas da raia tinham terrenos em Espanha e vice-versa...
Biblioteca: La Vettonia portuguesa
Só mais um aspecto:
Há tempos falei com um senhor idoso de uma localidade chamada Arrifana, na freguesia de Vilar Maior, e ele referia-se à «vila» como sendo Vilar Maior (que foi sede de Concelho até ao século XIX) e à «cidade» como sendo Ciudad Rodrigo, pois foi a sede de bispado, até há poucos séculos atrás, cuja área de influência abrangia as terras de Riba Côa (isso deixou de acontecer com a criação do bispado de Pinhel). Muitos anos passaram, mas nas tradições e nas expressões utilizadas ainda continua presente essa realidade de um tempo passado. Ainda hoje, no dia a dia, se utiliza uma mistura de português com espanhol (uma forma de falar incompreensível para as gentes do litoral deste país).
Biblioteca: RESUMEN DE LA RECONQUISTA EXTREMEÑA
Elel.lina, sí pero el dice mucho más:
- Que en el norte de Extremadura viviam ginetes y peones (guerreros) que hacian «razzias» (destrucciones) en el norte (Castilla);
- Coria era entonces tomada por cristianos;
- Alcantara era entonces una de las «maravillas del mundo».
Y mucho más es una obra que recomiendo para compreender el final del mundo musulman en Spania (Alandalus) .
(Nota: Perdona mi castellano).
Biblioteca: RESUMEN DE LA RECONQUISTA EXTREMEÑA
Poblamientos: MEGALITOS ALENTEJANOS
http://trabalhosalunos.blogspot.com/
Biblioteca: ¿Merece realmente la Alhambra ser una de las 7 nuevas maravillas?
As escolhas só reflectem o peso demográfico do Mundo:
Quais os países mais populosos? A China, a Índia, ... Brasil.
E não as «maravilhas» em si, até porque é um tema muito subjectivo.
Biblioteca: RESUMEN DE LA RECONQUISTA EXTREMEÑA
Poblamientos: CIVITAS CAURIENSIS
Biblioteca: De los onze pueblos del puente de Alcántara
Biblioteca: De los onze pueblos del puente de Alcántara
Claro, el puente, de romano solamente tiene las fundaciones de los arcos, pues en Edad Media, fue reconstruido. Los arcos en estilo ojival sierven de testigo.
Biblioteca: De los onze pueblos del puente de Alcántara
Biblioteca: De los onze pueblos del puente de Alcántara
véase este mapa:
http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Gazetteer/Maps/Periods/Roman/Places/Europe/Iberia/1.html
Biblioteca: ¿QUIÉNES FUERON NUESTROS ABUELOS?
Biblioteca: De los onze pueblos del puente de Alcántara
Biblioteca: De los onze pueblos del puente de Alcántara
Biblioteca: De los onze pueblos del puente de Alcántara
Perdón, NO és la web oficial de Valverde.
Biblioteca: El Monte de Venus es La Vera o la Beira
pico Jalama
Biblioteca: El Monte de Venus es La Vera o la Beira
Biblioteca: El Monte de Venus es La Vera o la Beira
Só estando lá no alto do pico Jalama é que se pode imaginar tudo e mais alguma coisa.
Para norte, para sul, para este ou para oeste, o hoizonte longínquo...
Poblamientos: CENTVM CELLAS
Poblamientos: CENTVM CELLAS
Ontem em Centum Cellas
Biblioteca: Del Latín al Gallego: Evolución de los topónimos en Galicia
Por que será que grande parte de árvores tem o sufixo «eira»? Exemplos: oliveira, videira, macieira, pereira, macieira, marmeleiro, abrunheiro, amieiro, ...
Biblioteca: Asentamientos humanos en la meseta hace 15.000 años
Basta ver que as gravuras rupestres do vale do Côa e de Siega Verde, têm uma grande antiguidade. Além de que estes vales profundos encaixados na superfície aplanada da meseta tinham um micro-clima mais favorável do que o das costas cantábricas. Assim o creio ...
Biblioteca: Asentamientos humanos en la meseta hace 15.000 años
Biblioteca: SOBRE EL ORIGEN DEL NOMBRE DE ESPAÑA
Biblioteca: Del Latín al Gallego: Evolución de los topónimos en Galicia
Deve ter a ver com árvore. «eira» significa árvore numa língua muito proto. Assim maçã + eira = maceira -> macieira
cereja + eira = cerdeira -> cerejeira
e por aí fora...
mas também pode significar lugar:
lama + eiro = lameiro (lugar com muitas lamas no inverno e erva verde no verão, onde pastam as vacas)
Biblioteca: Del Latín al Gallego: Evolución de los topónimos en Galicia
e noutros casos, como :
padeira = pão + (eira) fazedor - quem faz o pão
cozinheira = cozinha + eira (quem cozinha)
ou seja, pode ter o significado de sujeito (quem faz o quê?)
Biblioteca: Del Latín al Gallego: Evolución de los topónimos en Galicia
Poblamientos: CENTVM CELLAS
Saludos.
Biblioteca: El primer apellido de la historia
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