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Acho que é de muita pouca rigurosidade "actualizar" a eito comentários feitos para umha realidade completamente diferente à de hoje. Do mesmo jeito que segue vieiros dubidosos numha análise histórica o que parte de realidades abstractas, pre-existentes e eternas como é o muito moderno conceito da unidade e mais da homogeneidade absoluta da península ibérica ou, quando menos dos territorios baixo administraçom espanhola. Sinto-o mais non som quem de imaginar qual é a razom para que as tribos celtíberas, basconas ou cántabras se tiveram que aliar e mesmo amecer cos galaicos, cos lusitanos ou cos celtas da Bética e nom cos povos galos do Norte por pôr um exemplo. Logo por o tinham que fazer? Por que vivem nunha península e é um feito geográfico que os obriga a isso mália as suas diferenças étnicas, linguísticas, de clima e território em que se assentam e mesmo às trabas na sua teórica inter-comunicaçom..? Ou se quadra é por que deviam supor que no futuro, séculos e séculos de história porriba, alguém havia erguer a bandeira dessa suposta uniformidade e unidade no nome dum estado que havia usurpar o topónimo de toda a península. Nom se pode razoavelmente situar como sinónimos a Hispania da antiguidade e dos textos clásicos ou medievais quanda o que oficialmente se lle chama Espanha hoje. Se se quixer negar o direito de autodeterminaçom das naçons sem estado baixo administraçom espanhola de jeito racional que nom se faga com argumentos baseados na emotividade chauvinista e em noçons idealistas do nacionalismo espanhol ou ha-se rematar na crença da por Deus predestinada unidade da península ibérica que empecerom decote os portugueses e mais os "demonios interiores" que tanto lle prestava ao Franquismo. Saudos dende Galiza.
Dona Alícia, cuido que a questom é que vosté, ao meu ver, parte dumha hipótese trabucada que nengum historiador sério poderia hoje aceitar. Vosté baseia-se em que se olharmos o mapa dos povos pre-romanos e o cotexamos co mapa administrativo da actual península ibérica som iguais. Isso nom lhe é assi minha senhora. O território no que viviam os cántabros era muito mais estenso do que a comunidade autónoma à que lhe dam nome, os galaicos além de na Galiza actual tamém ocupavam o Norte de Portugal, de feito o mesmo nome desta cultura vém-lhe dumha tribo assentada entre Braga e Porto. Os lusitanos, já que logo, nom abrangiam todo o território português mais sim um bom anaco do que hoje é Extremadura etc etc... Por outra banda os nomes destes povos fam referência à etnicidade, à cultura material, à língua e à religiom destas comunidades, nom tinham entes supra-tribais que se assemelhassem a estados ou a qualquer outro tipo de organizaçom política que ultrapassasse os lindeiros do pópuli ou da treva ou como se lhe quixer chamar. Nom poderia haver um rei de todos os galaicos que pactasse um acordo co rei de todos os cántabros, percebe? Asemade, mantem a teima de que tinham que ser os povos que viviam na peninsula ibérica os que se confederassem mália as origens, línguas, culturas etc diferenciadas que nalguns casos mesmo poderiam criar trabas inssalváveis coa excusa de "Precisamente para mantener la independencia y la fuerza". Independência de quem? desses povos sem aparelho estatal? Co de força nom sei ao que se refere mais cuido que se lho junto ao de "territorios mas sometidos del mundo antiguo y medieval" atopo a explicaçom no vitimismo clássico do nacionalismo espanhol. Postos as fazer história-ficçom velaí vai outra: se germanos, galos, iberos e astures se juntarem contra o opressor romano manteriam a sua independência e a sua "força" e haviam construir umha confederaçom de povos precusora da Uniom Europeia. por favor! Estudar a história e tirar conclusons razoáveis nom é tam doado, dona Alícia, deixar-se levar polo sentimento visceral conduz decote ao simplismo justificador do que se quer, que com todos os meus respeitos, é para onde vosté foi bater. Quanto a toda a argumentaçom que emprega para negar a livre determinaçom das naçons sem estado em nome da democracia. Se umha naçom, é dizer, umha comunidade com língua própria, território determinado, história diferenciada, hábitos sicológicos característicos verquidos numha cultura e mais numha tradiçom própria e cumha vida económica, cerne de toda a superestrutura anterior, claramente distinta está absorvida polo poder estatal doutra comunidade das mesmas características, quer dizer, doutra naçom, o democrático, nom só para min, senom para a carta de direitos humanos da ONU, é que se lhe outorgue a soberania cumprida para decidir se quer administrar os seus próprios recursos, governar-se plenamente a si própria e decidir o seu futuro. O que a todas luzes nom é democrático é perguntarlhe à populaçom do estado que lhe nega essa soberania se a vam deixar ceiva ou nom, nom si? Quanto às cifras eleitorais déixeme achegar-lhe que a image que partidos espanholistas tal que o PP, o PSOE ou mesmo IU dam nas naçons sem estado nom é para nada centralista e para mostra veja a assumçom da condiçom de naçom de Galiza que ainda nom ha muito fijeram os socialistas galegos por nom falar dos cataláns ou de Ezker Batua. E no PP de Galiza já nem lhe quero falar das gavanças a Castelao, um dos grandes teóricos do nacionalismo galego que falou sempre de autopdeterminaçom etc.. Por algo será.
Dona Alícia. Eu si que nascera e era umha dessas persoas rústicas que falava galego mais nom podia militar no PSdG (nem quereria) porque nom existiu até rematada a ditadura. O que si exitia, além do PSG de Beiras, bem diferente do anteriormente citado era a UPG, verdadeira máquina de combate antifranquista igual que tamém o era o PCG. Aliás de Branhas e Castelao tamém lia a Suevos, a Beiras, a Francisco Rodríguez, a Cuevilhas, a Anselmo López Carreira ou a Felipe Seném mais de actualidade naquel intre. Nom era a minha intençom que se anojasse e, creia-me, si que sei com quem estou a falar mais nom a julguei, só lhe retruquei a sua argumentaçom. Nom fai falha que me diga que cantava o nosso hino nem cousas semelhantes, isso nom achega nada as teses que defende enriba desta ringleira de opinions nem lhe dá autoridade nengumha para sentar cátedra. Tenho muitos companheiros que o faziam coma mim mesmo e abofé que nom nola dá. Se vosté entende que esse foi um favor que nos fijo aos galegos e que lhe devemos obrigaçom velaí vai a minha gratitude e mais nada. Pído-lhe desculpas se a ofendim, repito-lhe que nom era a minha intençom, só debater cordialmente verbo dum tema controvertido. Tampouco fai falha que me cuspa dados eleitorais sobre o nosso país, já os conheço, vivim estas eleiçons. Mais sobre o tema da autodeterminaçom já que devagar foi escoando a parola para ali dizer-lhe que a conciência nacional nom se mide só polo voto às opçons nacionalistas quando as estatalistas se vestem coas roupagens do nacionalismo e mesmo fam proclamas e promesas nesse senso. Por outra banda reitero-lhe que nom nos autodeterminamos em cada eleiçom deste marco jurisdicional porque nom é o nosso, nom nos reconhece a soberania inerente a toda naçom segundo a ONU e mesmo se nega essa possibilidade na carta magna do Estado. Já poderia o BNG ter o 99% dos votos em Galiza que nom se daria mudado rem sem reformar o marco constitucional. Esse é o problema. A questom nom é se queremos ser ou nom independentes, a questom é que temos direito a decidi-lo agora ou quando o queiramos ser. Se relé o Sempre en Galiza seguro que lhe fica mais claro já que gosta de Castelao. Quanto á norma na que escrevo dizer-lhe que nom milito em Primeira Linha e que escrevo na alternativa reitegracionista à norma de concordia oficial publicada pola AGAL porque acredito que é bom achegar-nos ortograficamente ao português quer por projecçom internacional do nosso idioma quer por pertencerem à mesma póla linguística. Agardo que enchera a sua lagoa intelectual.
P.D: Umha cousa é a escrita e outra a fala, "Siempre se ha dicho non", a representaçom da nasal velar nom tem porque ser "n" a da alveolar si por convençom internacional mais da velar pode ser "m" como marcam as normas polas que me guio. Recreaçom é toda norma linguística ou vosté escreve "mé perdío casando mariposah" se fala um andaluz. Do de laboratório prefiro nom falar por ser um clássico do espanholismo em Galiza sobradamente respondido mesmo nas publicaçons sociolinguísticas das universidades galegas.
Saudos dende a Galiza.
Bem, só queria fazer umha serie de pontualizaçons. Onnega, além do chocalheiro que che poida parecer o nosso idioma e as suas normas, todos os enes finais de palavra som velares em galego agás "quem", "tamém" e poucos casos mais e só quando forem diante de pronome átono. Pode-lo consultar em qualquer gramática da nossa língua ou mesmo se levas o trabalho de nos escuitar a qualquer galego falando e sabes diferenciar velar de alveolar realmente, has-te decatar. O resto de questons ortográficas e gramaticais nom vou gastar tempo em explica-las porque cuido que todas elas as podedes corrigir ou clarexar dúbidas de levardes a molestia de olhar http://www.agal-gz.org/ o portal galego da língua por dar-vos só um caminho de informaçom dos múltiplos que havedes atopar nas suas ligaçons. Quanto a parvadas (perdoade a expressom mais nom dou atopado outra mais ajeitada) coma a estória do tal Jorge que fai que se esmendrelhe qualquer persoa que resida em Galiza polo seu surrealismo, dizer: 1º-Jorge gráfa-se igual na norma reintegracionista e aceita-se quanda a forma habitual do nome em galego Jurjo. Na norma oficial seria Xurxo e ficaria excluida xorxe. 2º As listaxes de militantes do BNG contenhem longas xeiras de nomes em espanhol (cousa incoerente ao meu ver por parte destas persoas) como podedes comprovar se acudides a qualquer local desta fronte e lho consultades as persoas encarregadas. 3º o BNG como havedes comprovar tamém se tendes a ánsia de olhar a sua página ou pedir-lhes informaçom verbo do tema aposta pola plena normalizaçom da língua galega polo que nom tem sentido nengum que alguém que nom concorde com este presuposto fundamental dessa organizaçom milite nela, digo eu. Polo bem da verdade nom sigades inventando situaçons de tensom social e agressom continua por parte dos movimentos de libertaçom nacional porque pouco favor lhe fazedes ao diálogo.
Esse diálogo e esse talante dos que tanto se gavam alguns.
P.D. Dona Alícia eu nom vejo a diferença entre o tolo esse espanholista e as suas teorias. Faga favor de marca-las para que nos fique claro a alguns.
Ainé, hoje a pronuncia nom é Arteiru, é Arteiro, com o fechado coma todos os "os" e "es" átonos finais na nossa língua e como despois defines ao dizer que nem é o nem u. Eu tamém cuido que é um alcume e que se grafa assi daquela por latinismo e por influência residual do sistema de casos latino. Umha aperta.
A ver mulher, que eu nom quero ensinar a ninguém a fazer filhos nem nada. Já escuitei o arquivo e digo-che outra vez que isso é um o fechado bem feito coma os de todos os galegos falantes naturais se quadra um chisco mais fechado polo influjo da nassal que leva a seguir em "montada". Se reparas no própria transcriçom has comprovar que a representaçom é a dum o fechado, os abertos indincam-se com til agudo ò. Gheada tamem a eu tenho e nom som da tua zona. Gheada tenhem-na as três quartas partes dos falantes de galego e deveria já que logo ser empregada no standard oral culto. A razom de que nom o seja cuido que cumpre procurarmo-la nos prejuizos classistas dos linguistas oficiais do nosso país. O que si que nom che sabia é que na Ulha houvesse sesseio mais é normal, os mapas dialectológicos nom som exactos ao cem por cem e as experiências próprias tamém som parciais. Nom se pode abranger a fala de todos todos os recunchos dumha bisbarra. Velaí che vai outra aperta e nom acores.
Ainé, nom falamos do mesmo. A pronúncia da tua zona é a de todo o galego, é a correcta e nom só está aceitada em todas as normas, é a única válida. O som que ti dis que é entre o e u é um o fechado bem pronunciado. Outra cousa é que o que nós tenhamos falsa e desgraciadamente por correcto, por standard oral , seja o galego acastrapado fonéticamente da telegaita. Nom dixem asorar dixem acorar (abafar). Perdoa que nom che colhera a retranca. Outra aperta máis.
Muito me amola o da gente que fala sem conhecimento do que está a dizer, simplesmente por nom estar calado e em base, decote, a preconceitos.. Dsotelo, o português do Brasil e mais o de Prortugal tamém tenhem bastantes diferenças de toda classe: ortográficas , fonéticas, sintácticas... e som sem dúvida a mesma língua e dá-se a comprensom mútua entre os falantes, do mesmo jeito acontece co galego mália precissamente a nossa norma oficial escrita estar espanholizada . O de que a confluência na ortografia ia permitir só o entendimento por escrito e excluir o oral é umha barbaridade sem preço quando precissamente esse entendimento já existe como testemunhamos aqui galegos e portugueses . E o de imposiçom dumha língua sobre outra é-che o mesminho caso que se o dixesses das normas ortográficas do espanhol sobre as suas variantes andaluzas ou sudamericanas. Acougade um anaco a xenreira essa espanholista imperial que vos abrolha da cerna da alma ao falarmos destas questons.
Por se vos serve de algo, toutiço em galego tamém tem o significado de cumio, curuto e mesmo se emprega para referimo-nos à parte mais elevada da testa: "o toutiço da cachola". Saúde.
Tes toda razom, ainé. Mira que o ghichinho, perdom, o colaborador este, dizer que o nacionalismo galego tem só vinte anos, claro, a Murguia, a Vilar Ponte, a Bóveda a Castelao e Reboiras e o estatuto do 36 e todo todo aquilo inventamo-los nós nos últimos vinte anos quanda toda a documentaçom que produziram e jaora que nom houvo combates na Galiza contra o fascismo, a guerrilha galega é outra lenda e Foucelhas, Ponte, Curujás ou o Piloto mitos sem base sólida coma Robin Hood. Viva a rigorosidade da história espanhola. Quanto ao tema de Paio e o reino galego medieval melhor nom meter-se para nom rachar-lhes o conto dos reis magos a algumhas alminhas aqueloutradas e melhor que desconheçam livros coma o de Anselmo López Carreira para que os alicerces do feble universo mágico e imperial no que alguns vivem nom se desfaga a anacos. Umha aperta, companheira.
Brigantinus, meu, parece mentira que poidas acreditar em semelhantes parpalhadas. Dizeres que a norma de máximos nom é galega di pouco da tua categoria intelectual e, já fóra disso, pretenderes que o sufixo -çom/som tampouco o é com testemunhos tam largacios em toda a história escrita da nossa língua mesmo em Rosalia, Pondal ou as Irmandades da Fala, e ainda viva nalgumhas palavras da comarca de Bergantinhos precissamente. Co de "paços" proponho-che que me deas atopado umha forma medieval desta palavra que se grafe com z coma na norma oficial a ver se hai algumha. Manda caralho!
Brigantinus, eu tampouco quero entrar no debate normativo e precissamente por isso nom digo que a norma oficial nom seja galego como vosté fijo à inversa que, creia-me, mais razons poderia achegar càs que espuxo vosté. O que si lhe pedriria é que aclare se vosté quer que o galego se normalice no nosso país ou nom. Hei respeitar de todo coraçom a sua postura se me di que nom ainda que nom a poida compartilhar. O que penso que nom é coerente pola sua banda, se aspira precissamente a que o galego seja umha língua do século XXI, é a renegar da historia escrita do nosso idioma com argumentos que mesturam a língua oral coa escrita, sua nai dirá paços se o escrevemos em máximos ou pazos em oficial, na escrtia sempre, a palavra que pronunciou sua nai é invariável mais a forma de grafá-la nom (z e ç lem-se igual como já lhe apontou um companheiro antes). A parvada (perdoe mais é-o) do arcipreste de Hita vira-se contra vosté se lhe digo que entom o espanhol deixe de escrever j e g para a representaçom do mesmo som, dá-se de conta? O argumento de que quer falar o galego de sua nai e nom o de nengumha normativa é tamém contraditório coa vontade de consolidar o nosso idioma e além disso em que vai escrever? claro, para isso já está o espanhol nom é? Imagine a mesma postura num espanhol de Múrcia verbo do castelam. Por último citar como autoridade linguística a Alonso Montero, por certo professor meu de literatura galega em tempos, alguém que a começos dos anos setenta calculava a morte do nosso idioma para os noventa pois nom lhe sei mui bem que dizer. Aliás, penso que o problema actual do galego nom é a autonomia do português senom o fortíssimo peso que suporta por parte do espanhol em todos os ámbitos de emprego desde hai séculos. Nada mais, só pedir-lhe isso, que clarifique a sua postura.
Giannini, cuido que os galegofalantes nom é que nom nos identifiquemos com esta ou aquela norma já que a maior parte nem foi alfabetizada em galego. Pensa que os cursos que até o de agora se vinham dando de iniciaçom e aperfeiçoamento eram só dum mes por obra e graça da Junta de Fraga. A questom é que nom nos sentimos identificados co standard oral que se transmite desde a televisom, a rádio ou os políticos. Um galego de cinco vogais, com entoaçom crecente espanhola, que rejeita fenómenos coma a gheada ou o sesseio, que calca construçons sintacticas espanholas, que coloca mal os pronomes átonos ou que emprega tempos compostos mais que, em troca, procura o léxico que a eles lhes parece mais diferencial verbo do espanhol. Isto si que é a causa, nom só da perda das variantes dialectais na oralidade senom da própria cerna do idioma. Nom confundamos normativizaçom com normalizaçom. Se hoje nos vemos nesta situaçom que Rosae reflecte mui bem por certo nom é polo conflito normativo senom pola falha de vontade da administraçom ou mais bem pola vontade de todo o contrário. Se houvesse verdadeiro interesse em potenciar a nossa língua abofé que hai tempo que havia estar superado o conflito normativo e que todos nos haviamos identificar cum galego cuidado e respeitoso coas variedades, por certo bem poucas em comparança com outras línguas (assi o afirma o próprio Fernández Rei). Rosae será tam elitista escrever em maximos agora como o era escrever simplesmente em galego no ano 1931 ou no 1972, havera que seguir a fazê-lo justamente para que cada vez o conheça mais gente mália a falha de apoio dos teóricos defensores da língua institucionais. Gallo o da dignidade e descalificaçons semelhantes guarda-as para ti, meu. Aq2uí expom opinions baseiadas em argumentos coma a gente, si?
Amerginh, totalmente de acordo contigo. Só umha cousa, em galego nom existe o som do j espanhol . A gheada é a aspiraçom do g (ghato, ghalinha, Ghaliza, ghoverno...) pode soar semelhante ao j mais é um som diferente mui parecido ou igual ao h do inglês. Origina-se pola aspiraçom do g intervocálico no século XVI e espalha-se por razons de fonética sintáctica ao resto de colocaçons agás as posteriores à nasal em determinadas áreas dialectais (ninguem,ningum...). As grafias J-G-X lem-se coa palatal xorda igual que o simples x na normativa oficial. Saúde companheiro.
A ver, ho, vou tentar retrucar por partes.
Brigantinus:
1-Cuido que é mais ajeitado basear-nos nos estudos da gente que percorreu Galiza inteira a investigar a realidade viva da nossa língua e que ficou plasmada em trabalhos coma o Atlas Linguístico, leitura que lhe recomendo por certo, ca exclusivamente na subjectiva impresom dum próprio no seu ámbito cotiám.
2- Por mor de razóns do devalar histórico que já foram expostas aqui, jaora que mui bem, e que se chamam perseguiçom, colonizaçom, proibiçom, imposiçom (olhe quantos –çons), denominemos às cousas polo seu nome, o nosso idioma nom deu consolidado umha norma estável até a actualidade. No intre em que se dá começado esta angueira, a nossa língua estava acornelhada nas classes populares e nos usos informais. A falha dum registo culto e a imposiçom na nossa sociedade dum modelo diglóssico no que o espanhol era, e segue a ser, a língua A e o galego a língua B (mália ser ainda maioritario o emprego do galego de olharmos o contexto maioritário do país, por volta do 60% como língua preferencial de atendermos aos últimos inquéritos) tem como consequências a lógica substituiçom progressiva e directa da língua própria pola imposta na nossa sociedade e origina, asemade, umha xeira de interferência linguísticas no próprio esqueleto da língua deslocada que podem ser estruradas em: A) directas (substituiçom de léxico galego por espanhol, calcos sintacticos coma a má colocaçom dos pronomes átonos, entoaçom espanhola...) e B) indirectas (escolha preferencial das forma existentes que quadrem coas da língua imposta coa lógica perda de riqueza léxica, fonética etc). Como vosté bem se pode decatar, no processo de normativizaçom dumha língua minorizada, como é o nosso caso, cómpre arrufar muitíssimo mais o enfeblecido corpo do idioma limpando-o e expurgando-o para rege-lo face à língua de poder que aqui vem sendo o espanhol. Isto co agravante de dispormos de muito menos tempo para o fazer do que os académicos espanhois tiveram ao longo da sua longal história. De incorporarmos todos os castelanismos existentes e continuarmos com essa filosofia nom haviamos rematar de fazer mudanças tampouco na norma pola progressiva entrada dos mesmos até a destruiçom absoluta do galego como idioma independente, decata-se?
3- As normativas das línguas nom se fam por meio de processos democráticos. Nos idiomas que se desenvolvem em liberdade, sem imposiçons alheias(que nom relaçons com outras línguas, empréstitos etc desde umha posiçom de igualdade), o modelo linguístico que se toma por regra geral é o das classes dominantes, o da elite dirigente nessa comunidade lingüística que consagra decote umha instituiçom criada mesmo para esta fim, para manter o standard inalterado e reticente às mudanças que poida sofrer na oralidade cotiá além de para garantir a enxebreza e inteireza do tal idioma. Quando a R.A.E. age algumha mudança na norma do espanhol a vosté como utente desta língua perguntam-lhe num referendo que é o que pensa?
Nas línguas minorizadas (que nom minoritárias, suponho que todos percebedes a diferença) a língua dessa classe dirigente é a alhea a essa sociedade polo que nom se pode tomar como referente. Daí que o habitual é que o processo de normativizaçom tenha tamém parte de reconstruçom ou construçom dumha norma culta realizado habitualmente por autoridades no estudo do idioma. O do referendo Brigantinus, para quando o fagam as autoridades linguísticas do espanhol, ou vosté submeteria a votaçom a teoria da evoluçom das espécies, ou a da relatividade.
4- Quanto à de que os quartos haviam ser melhor empregados no potenciamento do galego entre os vivos completamente de acordo com vosté. Assi e todo como dixo antes um companheiro citando a Castelao nom che está o tema para lhe andarmos a pôr chatas à obra.
Gallo(Galo):
1- Eu som-che das Fragas umha paróquia de Campo-Lameiro. O primeiro idioma no que aprendim a falar foi o galego, toda a minha vida fum monolíngue em galego agás quando saim do nosso país ou para falar com estrangeiros se me diziam que nom percebiam o que lhes estava a dizer. Falo galego com gheada e rotacismo tanto nos registo coloquiais coma nos cultos. Isso si, tento fala-lo sem castelanismos em todos estes ámbitos, única mudança consciente que efectuei sobra minha língua desque era um raparigo. Por isso me afecta à dignidade essa da que falavas antes o que lhe chames galego do monte ao que falamos os que temos o nosso idioma coma língua materna ainda que o digas para bem. Arrecunchando o galego no rural e seguindo o tópico o que estás a fazer é passar por alto que nom som poucos os trabalhadores que nos bairros de Vigo, de Lugo, da Corunha.. seguem a empregar o nosso idioma com igual enxebreza. Dá-te um vóltio por Teis, polo Peruleiro ou pola Piringalha a ver que escuitas. A distribuiçom dos falantes respondeu sempre e segue-o a fazer, embora em menor medida, a razons de classe.
2- O sufixo –agem existe em galego quanda –age mália ser minoritário. Alguns reintegracionistas empregam-no por ser o escolheito pola norma lisboeta do português. Que ti nom o escuitasses nunca nom quer dizer que nom exista igual que existe a Antártida embora nunca a pisache (suponho). Aliás, se lês a Rosalia na sua versom original e nom nas ediçons adaptadas à norma oficial has comprovar que a emprega em ocasions por pôr-che um exemplo doado de comprovar dos muitíssimos que hai na nossa literatura.
3- A conjunçom i no canto de e empréga-se dialectalemente em galego antes de vogal em toda a área lucu-auriense e mindoniense. O seu emprego diante de consoante é um castelanismo coma a catedral de Compostela mui estendido entre os neofalantes reintegratas e nom reintegratas. Todas as normas do galego refugam o seu emprego e admitem só o da conjunçom e.
4- O –AU- latino passa em galego a –ou- agás precissamente na zona do Caurel (dim auro por ouro), por isso eles lhe chamam assi e o resto de Galiza do outro jeito Courel. No de ibero já nom che me meto porque nom sei de onde sacache isso nem que argumentas para o afirmar tam talhante.
5- No de Germade recomendo-che que leias umha grámatica histórica do galego para conheceres as regras evolutivas que seguiu o nosso idioma porque eu nom tenho tempo nem gana de dar umha aula sobre a evoluçom fonética da nossa língua por internete.
6- A minha mulher é de Ourol e que o demo me leve se lhe escuitei a algum nativo, como dis ti, de Germade dizer Guermade. Ela di que tampouco.
7- No do –ñ- e o –nh- penso que daria para um debate longuíssimo e nom é cousa de que eu o encete agora. De todos os jeitos perdoa que me escaralhe, nom che pareça mal, polo jeito em que redigiche a tua mensagem, parece umha relaçom de acusaçons dum tribunal (mira lo que hacen los rojos separatistas ponen –nh- en gallego en vez de –ñ- como en español).
8- O seminário foi um dos mais importantes agentes espanholizadores em Galiza. A sua existencia em Galiza data de começos do século XIX e supom um antes e um despois. Para a designaçom como crego dumha freguesia do rural galego avondava denantes com saber ler latim e nom se passava por seminario nengum. Isto ajudou ao mantemento do idioma. A apariçom do seminário, ente reaccionário e anti-galego por excelência converte os cregos nom nuns paisanos mais que mesmo podiam ter companheira sentimental sem problemas coma antes senom nuns auténticos agentes da expansom do auto-odio. Graças a isto inseriram-se-nos castelanismos como Dios ou rodillas e freguesias monolíngues em galego seguem a receber liturgia e catequese exclusivamente em espanhol.
9- Recomendo-che coa melhor das vontades, que te informes antes de fazer críticas ou afirmaçons rotundas verbo de temas que nom conheces mais que por preconceitos baseiados em apreciaçons subjectivas tuas. Podes ferir sensibilidades e nom achega nada a um debate racional.
A.M. Canto:
Cuido que já dumha volta parolamos um anaco sobre a realidade do meu país e vosté empregou estatísticas para choer-se na sua postura. Neste caso é normal que nom lhe quadrem as estatísticas porque de atendermos a elas tamém a tremenda maioria dos galegos estamos a favor da normalizaçom da nossa língua e poucas som, relativamente, as iniciativas individuais que concretem este desejo. O conto é que na análise dumha sociedade temos de atender além de aos simples números e efemérides históricas coma a aprovoaçom dumha lei de normalizaçom, cousa que nom digo que nom seja transcendetal, a mutliplos factores que interactuam nessa sociedade e que nom se vem na tona da oficialidade dos dados ou desde os artigos de opiniom dalguns meios madrilenhos como aquí lhe espuxeram outros galegos e galegas. As inércias históricas, o auto-ódio que mais subliminarmente se nos segue insuflar nos caletres desde instáncias milhentas, as redes caciquis que trabam a liberdade de pensamento e já nom digamos a de voto, o despreço, a folclorizaçom, e a ignoráncia da nossa própria cultura e até de nós mesmos como povo para além de inércias nalguns casos seguem a ser dinámicas fomentadas por diferentes poderes fácticos na nossa terra mália os cernis esforços dumha cada vez maior sociedade consciente (as eleiçons nom tenhem nada que ver com isto, creia-me) que se lhe arrepom co respeito a todas as culturas e línguas do mundo por bandeira começandomos por reclamar o respeito e a vida para a nossa própria. Alguns sabemos como dizia o seu (e meu) admirado Castelao que o nosso melhor contributo à cultura universal fai-se desde nós mesmos porque o que fai grande a cultura humana é a sua variedade e riqueza. Tanto nojo me dá a situaçom à que se levou a minha língua coma a do espanhol em Puerto Rico abafado polo inglês.
Saúde a todos e todas e mil primaveras mais para o nosso idioma como dizia aquel conhezido de Merlim que parava por Miranda.
Por se tiver algumha classe de vencelho, comento-vos que na romaria que se celebra contra a metade de julho em santa Justa de Moranha, na bisbarra do Úmia-Caldas, a noite denantes do dia da santa, a gente que acode ao santuario fai-no tamém até a fonte que se atopa numhas leiras para aló da igreja. Ali, mesmo antes de beber da auga santa, é costume anoar cumha soa mao umha folha das candeias do milho daquelas veigas que arrodeiam o sagro manancial. Só se pode fazer cumha mao, sem a ajuda da outra ou o rito nom é válido. Cuido que há ter mais mais relaçom com isto o que comentastes de Sam André de Teixido do que supostos calcos de costumes irlandesses. Saúde.
Biblioteca: ESTRABÓN A LOS ESPAÑOLES DEL AÑO 2005
Acho que é de muita pouca rigurosidade "actualizar" a eito comentários feitos para umha realidade completamente diferente à de hoje. Do mesmo jeito que segue vieiros dubidosos numha análise histórica o que parte de realidades abstractas, pre-existentes e eternas como é o muito moderno conceito da unidade e mais da homogeneidade absoluta da península ibérica ou, quando menos dos territorios baixo administraçom espanhola. Sinto-o mais non som quem de imaginar qual é a razom para que as tribos celtíberas, basconas ou cántabras se tiveram que aliar e mesmo amecer cos galaicos, cos lusitanos ou cos celtas da Bética e nom cos povos galos do Norte por pôr um exemplo. Logo por o tinham que fazer? Por que vivem nunha península e é um feito geográfico que os obriga a isso mália as suas diferenças étnicas, linguísticas, de clima e território em que se assentam e mesmo às trabas na sua teórica inter-comunicaçom..? Ou se quadra é por que deviam supor que no futuro, séculos e séculos de história porriba, alguém havia erguer a bandeira dessa suposta uniformidade e unidade no nome dum estado que havia usurpar o topónimo de toda a península. Nom se pode razoavelmente situar como sinónimos a Hispania da antiguidade e dos textos clásicos ou medievais quanda o que oficialmente se lle chama Espanha hoje. Se se quixer negar o direito de autodeterminaçom das naçons sem estado baixo administraçom espanhola de jeito racional que nom se faga com argumentos baseados na emotividade chauvinista e em noçons idealistas do nacionalismo espanhol ou ha-se rematar na crença da por Deus predestinada unidade da península ibérica que empecerom decote os portugueses e mais os "demonios interiores" que tanto lle prestava ao Franquismo. Saudos dende Galiza.
Biblioteca: ESTRABÓN A LOS ESPAÑOLES DEL AÑO 2005
Dona Alícia, cuido que a questom é que vosté, ao meu ver, parte dumha hipótese trabucada que nengum historiador sério poderia hoje aceitar. Vosté baseia-se em que se olharmos o mapa dos povos pre-romanos e o cotexamos co mapa administrativo da actual península ibérica som iguais. Isso nom lhe é assi minha senhora. O território no que viviam os cántabros era muito mais estenso do que a comunidade autónoma à que lhe dam nome, os galaicos além de na Galiza actual tamém ocupavam o Norte de Portugal, de feito o mesmo nome desta cultura vém-lhe dumha tribo assentada entre Braga e Porto. Os lusitanos, já que logo, nom abrangiam todo o território português mais sim um bom anaco do que hoje é Extremadura etc etc... Por outra banda os nomes destes povos fam referência à etnicidade, à cultura material, à língua e à religiom destas comunidades, nom tinham entes supra-tribais que se assemelhassem a estados ou a qualquer outro tipo de organizaçom política que ultrapassasse os lindeiros do pópuli ou da treva ou como se lhe quixer chamar. Nom poderia haver um rei de todos os galaicos que pactasse um acordo co rei de todos os cántabros, percebe? Asemade, mantem a teima de que tinham que ser os povos que viviam na peninsula ibérica os que se confederassem mália as origens, línguas, culturas etc diferenciadas que nalguns casos mesmo poderiam criar trabas inssalváveis coa excusa de "Precisamente para mantener la independencia y la fuerza". Independência de quem? desses povos sem aparelho estatal? Co de força nom sei ao que se refere mais cuido que se lho junto ao de "territorios mas sometidos del mundo antiguo y medieval" atopo a explicaçom no vitimismo clássico do nacionalismo espanhol. Postos as fazer história-ficçom velaí vai outra: se germanos, galos, iberos e astures se juntarem contra o opressor romano manteriam a sua independência e a sua "força" e haviam construir umha confederaçom de povos precusora da Uniom Europeia. por favor! Estudar a história e tirar conclusons razoáveis nom é tam doado, dona Alícia, deixar-se levar polo sentimento visceral conduz decote ao simplismo justificador do que se quer, que com todos os meus respeitos, é para onde vosté foi bater. Quanto a toda a argumentaçom que emprega para negar a livre determinaçom das naçons sem estado em nome da democracia. Se umha naçom, é dizer, umha comunidade com língua própria, território determinado, história diferenciada, hábitos sicológicos característicos verquidos numha cultura e mais numha tradiçom própria e cumha vida económica, cerne de toda a superestrutura anterior, claramente distinta está absorvida polo poder estatal doutra comunidade das mesmas características, quer dizer, doutra naçom, o democrático, nom só para min, senom para a carta de direitos humanos da ONU, é que se lhe outorgue a soberania cumprida para decidir se quer administrar os seus próprios recursos, governar-se plenamente a si própria e decidir o seu futuro. O que a todas luzes nom é democrático é perguntarlhe à populaçom do estado que lhe nega essa soberania se a vam deixar ceiva ou nom, nom si? Quanto às cifras eleitorais déixeme achegar-lhe que a image que partidos espanholistas tal que o PP, o PSOE ou mesmo IU dam nas naçons sem estado nom é para nada centralista e para mostra veja a assumçom da condiçom de naçom de Galiza que ainda nom ha muito fijeram os socialistas galegos por nom falar dos cataláns ou de Ezker Batua. E no PP de Galiza já nem lhe quero falar das gavanças a Castelao, um dos grandes teóricos do nacionalismo galego que falou sempre de autopdeterminaçom etc.. Por algo será.
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Dona Alícia. Eu si que nascera e era umha dessas persoas rústicas que falava galego mais nom podia militar no PSdG (nem quereria) porque nom existiu até rematada a ditadura. O que si exitia, além do PSG de Beiras, bem diferente do anteriormente citado era a UPG, verdadeira máquina de combate antifranquista igual que tamém o era o PCG. Aliás de Branhas e Castelao tamém lia a Suevos, a Beiras, a Francisco Rodríguez, a Cuevilhas, a Anselmo López Carreira ou a Felipe Seném mais de actualidade naquel intre. Nom era a minha intençom que se anojasse e, creia-me, si que sei com quem estou a falar mais nom a julguei, só lhe retruquei a sua argumentaçom. Nom fai falha que me diga que cantava o nosso hino nem cousas semelhantes, isso nom achega nada as teses que defende enriba desta ringleira de opinions nem lhe dá autoridade nengumha para sentar cátedra. Tenho muitos companheiros que o faziam coma mim mesmo e abofé que nom nola dá. Se vosté entende que esse foi um favor que nos fijo aos galegos e que lhe devemos obrigaçom velaí vai a minha gratitude e mais nada. Pído-lhe desculpas se a ofendim, repito-lhe que nom era a minha intençom, só debater cordialmente verbo dum tema controvertido. Tampouco fai falha que me cuspa dados eleitorais sobre o nosso país, já os conheço, vivim estas eleiçons. Mais sobre o tema da autodeterminaçom já que devagar foi escoando a parola para ali dizer-lhe que a conciência nacional nom se mide só polo voto às opçons nacionalistas quando as estatalistas se vestem coas roupagens do nacionalismo e mesmo fam proclamas e promesas nesse senso. Por outra banda reitero-lhe que nom nos autodeterminamos em cada eleiçom deste marco jurisdicional porque nom é o nosso, nom nos reconhece a soberania inerente a toda naçom segundo a ONU e mesmo se nega essa possibilidade na carta magna do Estado. Já poderia o BNG ter o 99% dos votos em Galiza que nom se daria mudado rem sem reformar o marco constitucional. Esse é o problema. A questom nom é se queremos ser ou nom independentes, a questom é que temos direito a decidi-lo agora ou quando o queiramos ser. Se relé o Sempre en Galiza seguro que lhe fica mais claro já que gosta de Castelao. Quanto á norma na que escrevo dizer-lhe que nom milito em Primeira Linha e que escrevo na alternativa reitegracionista à norma de concordia oficial publicada pola AGAL porque acredito que é bom achegar-nos ortograficamente ao português quer por projecçom internacional do nosso idioma quer por pertencerem à mesma póla linguística. Agardo que enchera a sua lagoa intelectual.
P.D: Umha cousa é a escrita e outra a fala, "Siempre se ha dicho non", a representaçom da nasal velar nom tem porque ser "n" a da alveolar si por convençom internacional mais da velar pode ser "m" como marcam as normas polas que me guio. Recreaçom é toda norma linguística ou vosté escreve "mé perdío casando mariposah" se fala um andaluz. Do de laboratório prefiro nom falar por ser um clássico do espanholismo em Galiza sobradamente respondido mesmo nas publicaçons sociolinguísticas das universidades galegas.
Saudos dende a Galiza.
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Bem, só queria fazer umha serie de pontualizaçons. Onnega, além do chocalheiro que che poida parecer o nosso idioma e as suas normas, todos os enes finais de palavra som velares em galego agás "quem", "tamém" e poucos casos mais e só quando forem diante de pronome átono. Pode-lo consultar em qualquer gramática da nossa língua ou mesmo se levas o trabalho de nos escuitar a qualquer galego falando e sabes diferenciar velar de alveolar realmente, has-te decatar. O resto de questons ortográficas e gramaticais nom vou gastar tempo em explica-las porque cuido que todas elas as podedes corrigir ou clarexar dúbidas de levardes a molestia de olhar http://www.agal-gz.org/ o portal galego da língua por dar-vos só um caminho de informaçom dos múltiplos que havedes atopar nas suas ligaçons. Quanto a parvadas (perdoade a expressom mais nom dou atopado outra mais ajeitada) coma a estória do tal Jorge que fai que se esmendrelhe qualquer persoa que resida em Galiza polo seu surrealismo, dizer: 1º-Jorge gráfa-se igual na norma reintegracionista e aceita-se quanda a forma habitual do nome em galego Jurjo. Na norma oficial seria Xurxo e ficaria excluida xorxe. 2º As listaxes de militantes do BNG contenhem longas xeiras de nomes em espanhol (cousa incoerente ao meu ver por parte destas persoas) como podedes comprovar se acudides a qualquer local desta fronte e lho consultades as persoas encarregadas. 3º o BNG como havedes comprovar tamém se tendes a ánsia de olhar a sua página ou pedir-lhes informaçom verbo do tema aposta pola plena normalizaçom da língua galega polo que nom tem sentido nengum que alguém que nom concorde com este presuposto fundamental dessa organizaçom milite nela, digo eu. Polo bem da verdade nom sigades inventando situaçons de tensom social e agressom continua por parte dos movimentos de libertaçom nacional porque pouco favor lhe fazedes ao diálogo.
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Esse diálogo e esse talante dos que tanto se gavam alguns.
P.D. Dona Alícia eu nom vejo a diferença entre o tolo esse espanholista e as suas teorias. Faga favor de marca-las para que nos fique claro a alguns.
Biblioteca: La invención de España
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A lot of thanks, Ego. This is your freedom.
Biblioteca: Antroponimia Altomedieval en Galicia (4ª Ed.)
Ainé, hoje a pronuncia nom é Arteiru, é Arteiro, com o fechado coma todos os "os" e "es" átonos finais na nossa língua e como despois defines ao dizer que nem é o nem u. Eu tamém cuido que é um alcume e que se grafa assi daquela por latinismo e por influência residual do sistema de casos latino. Umha aperta.
Biblioteca: Antroponimia Altomedieval en Galicia (4ª Ed.)
A ver mulher, que eu nom quero ensinar a ninguém a fazer filhos nem nada. Já escuitei o arquivo e digo-che outra vez que isso é um o fechado bem feito coma os de todos os galegos falantes naturais se quadra um chisco mais fechado polo influjo da nassal que leva a seguir em "montada". Se reparas no própria transcriçom has comprovar que a representaçom é a dum o fechado, os abertos indincam-se com til agudo ò. Gheada tamem a eu tenho e nom som da tua zona. Gheada tenhem-na as três quartas partes dos falantes de galego e deveria já que logo ser empregada no standard oral culto. A razom de que nom o seja cuido que cumpre procurarmo-la nos prejuizos classistas dos linguistas oficiais do nosso país. O que si que nom che sabia é que na Ulha houvesse sesseio mais é normal, os mapas dialectológicos nom som exactos ao cem por cem e as experiências próprias tamém som parciais. Nom se pode abranger a fala de todos todos os recunchos dumha bisbarra. Velaí che vai outra aperta e nom acores.
Biblioteca: Antroponimia Altomedieval en Galicia (4ª Ed.)
Ainé, nom falamos do mesmo. A pronúncia da tua zona é a de todo o galego, é a correcta e nom só está aceitada em todas as normas, é a única válida. O som que ti dis que é entre o e u é um o fechado bem pronunciado. Outra cousa é que o que nós tenhamos falsa e desgraciadamente por correcto, por standard oral , seja o galego acastrapado fonéticamente da telegaita. Nom dixem asorar dixem acorar (abafar). Perdoa que nom che colhera a retranca. Outra aperta máis.
Biblioteca: Galicia/Galiza
Muito me amola o da gente que fala sem conhecimento do que está a dizer, simplesmente por nom estar calado e em base, decote, a preconceitos.. Dsotelo, o português do Brasil e mais o de Prortugal tamém tenhem bastantes diferenças de toda classe: ortográficas , fonéticas, sintácticas... e som sem dúvida a mesma língua e dá-se a comprensom mútua entre os falantes, do mesmo jeito acontece co galego mália precissamente a nossa norma oficial escrita estar espanholizada . O de que a confluência na ortografia ia permitir só o entendimento por escrito e excluir o oral é umha barbaridade sem preço quando precissamente esse entendimento já existe como testemunhamos aqui galegos e portugueses . E o de imposiçom dumha língua sobre outra é-che o mesminho caso que se o dixesses das normas ortográficas do espanhol sobre as suas variantes andaluzas ou sudamericanas. Acougade um anaco a xenreira essa espanholista imperial que vos abrolha da cerna da alma ao falarmos destas questons.
Biblioteca: TOUTA TOUTO TEUTO TOTA
Por se vos serve de algo, toutiço em galego tamém tem o significado de cumio, curuto e mesmo se emprega para referimo-nos à parte mais elevada da testa: "o toutiço da cachola". Saúde.
Biblioteca: Siguiendo con Pelayo. Astures vs. Galaicos
Tes toda razom, ainé. Mira que o ghichinho, perdom, o colaborador este, dizer que o nacionalismo galego tem só vinte anos, claro, a Murguia, a Vilar Ponte, a Bóveda a Castelao e Reboiras e o estatuto do 36 e todo todo aquilo inventamo-los nós nos últimos vinte anos quanda toda a documentaçom que produziram e jaora que nom houvo combates na Galiza contra o fascismo, a guerrilha galega é outra lenda e Foucelhas, Ponte, Curujás ou o Piloto mitos sem base sólida coma Robin Hood. Viva a rigorosidade da história espanhola. Quanto ao tema de Paio e o reino galego medieval melhor nom meter-se para nom rachar-lhes o conto dos reis magos a algumhas alminhas aqueloutradas e melhor que desconheçam livros coma o de Anselmo López Carreira para que os alicerces do feble universo mágico e imperial no que alguns vivem nom se desfaga a anacos. Umha aperta, companheira.
Biblioteca: Ni los muertos hablan ya gallego
Brigantinus, meu, parece mentira que poidas acreditar em semelhantes parpalhadas. Dizeres que a norma de máximos nom é galega di pouco da tua categoria intelectual e, já fóra disso, pretenderes que o sufixo -çom/som tampouco o é com testemunhos tam largacios em toda a história escrita da nossa língua mesmo em Rosalia, Pondal ou as Irmandades da Fala, e ainda viva nalgumhas palavras da comarca de Bergantinhos precissamente. Co de "paços" proponho-che que me deas atopado umha forma medieval desta palavra que se grafe com z coma na norma oficial a ver se hai algumha. Manda caralho!
Biblioteca: Ni los muertos hablan ya gallego
Brigantinus, eu tampouco quero entrar no debate normativo e precissamente por isso nom digo que a norma oficial nom seja galego como vosté fijo à inversa que, creia-me, mais razons poderia achegar càs que espuxo vosté. O que si lhe pedriria é que aclare se vosté quer que o galego se normalice no nosso país ou nom. Hei respeitar de todo coraçom a sua postura se me di que nom ainda que nom a poida compartilhar. O que penso que nom é coerente pola sua banda, se aspira precissamente a que o galego seja umha língua do século XXI, é a renegar da historia escrita do nosso idioma com argumentos que mesturam a língua oral coa escrita, sua nai dirá paços se o escrevemos em máximos ou pazos em oficial, na escrtia sempre, a palavra que pronunciou sua nai é invariável mais a forma de grafá-la nom (z e ç lem-se igual como já lhe apontou um companheiro antes). A parvada (perdoe mais é-o) do arcipreste de Hita vira-se contra vosté se lhe digo que entom o espanhol deixe de escrever j e g para a representaçom do mesmo som, dá-se de conta? O argumento de que quer falar o galego de sua nai e nom o de nengumha normativa é tamém contraditório coa vontade de consolidar o nosso idioma e além disso em que vai escrever? claro, para isso já está o espanhol nom é? Imagine a mesma postura num espanhol de Múrcia verbo do castelam. Por último citar como autoridade linguística a Alonso Montero, por certo professor meu de literatura galega em tempos, alguém que a começos dos anos setenta calculava a morte do nosso idioma para os noventa pois nom lhe sei mui bem que dizer. Aliás, penso que o problema actual do galego nom é a autonomia do português senom o fortíssimo peso que suporta por parte do espanhol em todos os ámbitos de emprego desde hai séculos. Nada mais, só pedir-lhe isso, que clarifique a sua postura.
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Giannini, cuido que os galegofalantes nom é que nom nos identifiquemos com esta ou aquela norma já que a maior parte nem foi alfabetizada em galego. Pensa que os cursos que até o de agora se vinham dando de iniciaçom e aperfeiçoamento eram só dum mes por obra e graça da Junta de Fraga. A questom é que nom nos sentimos identificados co standard oral que se transmite desde a televisom, a rádio ou os políticos. Um galego de cinco vogais, com entoaçom crecente espanhola, que rejeita fenómenos coma a gheada ou o sesseio, que calca construçons sintacticas espanholas, que coloca mal os pronomes átonos ou que emprega tempos compostos mais que, em troca, procura o léxico que a eles lhes parece mais diferencial verbo do espanhol. Isto si que é a causa, nom só da perda das variantes dialectais na oralidade senom da própria cerna do idioma. Nom confundamos normativizaçom com normalizaçom. Se hoje nos vemos nesta situaçom que Rosae reflecte mui bem por certo nom é polo conflito normativo senom pola falha de vontade da administraçom ou mais bem pola vontade de todo o contrário. Se houvesse verdadeiro interesse em potenciar a nossa língua abofé que hai tempo que havia estar superado o conflito normativo e que todos nos haviamos identificar cum galego cuidado e respeitoso coas variedades, por certo bem poucas em comparança com outras línguas (assi o afirma o próprio Fernández Rei). Rosae será tam elitista escrever em maximos agora como o era escrever simplesmente em galego no ano 1931 ou no 1972, havera que seguir a fazê-lo justamente para que cada vez o conheça mais gente mália a falha de apoio dos teóricos defensores da língua institucionais. Gallo o da dignidade e descalificaçons semelhantes guarda-as para ti, meu. Aq2uí expom opinions baseiadas em argumentos coma a gente, si?
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Amerginh, totalmente de acordo contigo. Só umha cousa, em galego nom existe o som do j espanhol . A gheada é a aspiraçom do g (ghato, ghalinha, Ghaliza, ghoverno...) pode soar semelhante ao j mais é um som diferente mui parecido ou igual ao h do inglês. Origina-se pola aspiraçom do g intervocálico no século XVI e espalha-se por razons de fonética sintáctica ao resto de colocaçons agás as posteriores à nasal em determinadas áreas dialectais (ninguem,ningum...). As grafias J-G-X lem-se coa palatal xorda igual que o simples x na normativa oficial. Saúde companheiro.
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A ver, ho, vou tentar retrucar por partes.
Brigantinus:
1-Cuido que é mais ajeitado basear-nos nos estudos da gente que percorreu Galiza inteira a investigar a realidade viva da nossa língua e que ficou plasmada em trabalhos coma o Atlas Linguístico, leitura que lhe recomendo por certo, ca exclusivamente na subjectiva impresom dum próprio no seu ámbito cotiám.
2- Por mor de razóns do devalar histórico que já foram expostas aqui, jaora que mui bem, e que se chamam perseguiçom, colonizaçom, proibiçom, imposiçom (olhe quantos –çons), denominemos às cousas polo seu nome, o nosso idioma nom deu consolidado umha norma estável até a actualidade. No intre em que se dá começado esta angueira, a nossa língua estava acornelhada nas classes populares e nos usos informais. A falha dum registo culto e a imposiçom na nossa sociedade dum modelo diglóssico no que o espanhol era, e segue a ser, a língua A e o galego a língua B (mália ser ainda maioritario o emprego do galego de olharmos o contexto maioritário do país, por volta do 60% como língua preferencial de atendermos aos últimos inquéritos) tem como consequências a lógica substituiçom progressiva e directa da língua própria pola imposta na nossa sociedade e origina, asemade, umha xeira de interferência linguísticas no próprio esqueleto da língua deslocada que podem ser estruradas em: A) directas (substituiçom de léxico galego por espanhol, calcos sintacticos coma a má colocaçom dos pronomes átonos, entoaçom espanhola...) e B) indirectas (escolha preferencial das forma existentes que quadrem coas da língua imposta coa lógica perda de riqueza léxica, fonética etc). Como vosté bem se pode decatar, no processo de normativizaçom dumha língua minorizada, como é o nosso caso, cómpre arrufar muitíssimo mais o enfeblecido corpo do idioma limpando-o e expurgando-o para rege-lo face à língua de poder que aqui vem sendo o espanhol. Isto co agravante de dispormos de muito menos tempo para o fazer do que os académicos espanhois tiveram ao longo da sua longal história. De incorporarmos todos os castelanismos existentes e continuarmos com essa filosofia nom haviamos rematar de fazer mudanças tampouco na norma pola progressiva entrada dos mesmos até a destruiçom absoluta do galego como idioma independente, decata-se?
3- As normativas das línguas nom se fam por meio de processos democráticos. Nos idiomas que se desenvolvem em liberdade, sem imposiçons alheias(que nom relaçons com outras línguas, empréstitos etc desde umha posiçom de igualdade), o modelo linguístico que se toma por regra geral é o das classes dominantes, o da elite dirigente nessa comunidade lingüística que consagra decote umha instituiçom criada mesmo para esta fim, para manter o standard inalterado e reticente às mudanças que poida sofrer na oralidade cotiá além de para garantir a enxebreza e inteireza do tal idioma. Quando a R.A.E. age algumha mudança na norma do espanhol a vosté como utente desta língua perguntam-lhe num referendo que é o que pensa?
Nas línguas minorizadas (que nom minoritárias, suponho que todos percebedes a diferença) a língua dessa classe dirigente é a alhea a essa sociedade polo que nom se pode tomar como referente. Daí que o habitual é que o processo de normativizaçom tenha tamém parte de reconstruçom ou construçom dumha norma culta realizado habitualmente por autoridades no estudo do idioma. O do referendo Brigantinus, para quando o fagam as autoridades linguísticas do espanhol, ou vosté submeteria a votaçom a teoria da evoluçom das espécies, ou a da relatividade.
4- Quanto à de que os quartos haviam ser melhor empregados no potenciamento do galego entre os vivos completamente de acordo com vosté. Assi e todo como dixo antes um companheiro citando a Castelao nom che está o tema para lhe andarmos a pôr chatas à obra.
Gallo(Galo):
1- Eu som-che das Fragas umha paróquia de Campo-Lameiro. O primeiro idioma no que aprendim a falar foi o galego, toda a minha vida fum monolíngue em galego agás quando saim do nosso país ou para falar com estrangeiros se me diziam que nom percebiam o que lhes estava a dizer. Falo galego com gheada e rotacismo tanto nos registo coloquiais coma nos cultos. Isso si, tento fala-lo sem castelanismos em todos estes ámbitos, única mudança consciente que efectuei sobra minha língua desque era um raparigo. Por isso me afecta à dignidade essa da que falavas antes o que lhe chames galego do monte ao que falamos os que temos o nosso idioma coma língua materna ainda que o digas para bem. Arrecunchando o galego no rural e seguindo o tópico o que estás a fazer é passar por alto que nom som poucos os trabalhadores que nos bairros de Vigo, de Lugo, da Corunha.. seguem a empregar o nosso idioma com igual enxebreza. Dá-te um vóltio por Teis, polo Peruleiro ou pola Piringalha a ver que escuitas. A distribuiçom dos falantes respondeu sempre e segue-o a fazer, embora em menor medida, a razons de classe.
2- O sufixo –agem existe em galego quanda –age mália ser minoritário. Alguns reintegracionistas empregam-no por ser o escolheito pola norma lisboeta do português. Que ti nom o escuitasses nunca nom quer dizer que nom exista igual que existe a Antártida embora nunca a pisache (suponho). Aliás, se lês a Rosalia na sua versom original e nom nas ediçons adaptadas à norma oficial has comprovar que a emprega em ocasions por pôr-che um exemplo doado de comprovar dos muitíssimos que hai na nossa literatura.
3- A conjunçom i no canto de e empréga-se dialectalemente em galego antes de vogal em toda a área lucu-auriense e mindoniense. O seu emprego diante de consoante é um castelanismo coma a catedral de Compostela mui estendido entre os neofalantes reintegratas e nom reintegratas. Todas as normas do galego refugam o seu emprego e admitem só o da conjunçom e.
4- O –AU- latino passa em galego a –ou- agás precissamente na zona do Caurel (dim auro por ouro), por isso eles lhe chamam assi e o resto de Galiza do outro jeito Courel. No de ibero já nom che me meto porque nom sei de onde sacache isso nem que argumentas para o afirmar tam talhante.
5- No de Germade recomendo-che que leias umha grámatica histórica do galego para conheceres as regras evolutivas que seguiu o nosso idioma porque eu nom tenho tempo nem gana de dar umha aula sobre a evoluçom fonética da nossa língua por internete.
6- A minha mulher é de Ourol e que o demo me leve se lhe escuitei a algum nativo, como dis ti, de Germade dizer Guermade. Ela di que tampouco.
7- No do –ñ- e o –nh- penso que daria para um debate longuíssimo e nom é cousa de que eu o encete agora. De todos os jeitos perdoa que me escaralhe, nom che pareça mal, polo jeito em que redigiche a tua mensagem, parece umha relaçom de acusaçons dum tribunal (mira lo que hacen los rojos separatistas ponen –nh- en gallego en vez de –ñ- como en español).
8- O seminário foi um dos mais importantes agentes espanholizadores em Galiza. A sua existencia em Galiza data de começos do século XIX e supom um antes e um despois. Para a designaçom como crego dumha freguesia do rural galego avondava denantes com saber ler latim e nom se passava por seminario nengum. Isto ajudou ao mantemento do idioma. A apariçom do seminário, ente reaccionário e anti-galego por excelência converte os cregos nom nuns paisanos mais que mesmo podiam ter companheira sentimental sem problemas coma antes senom nuns auténticos agentes da expansom do auto-odio. Graças a isto inseriram-se-nos castelanismos como Dios ou rodillas e freguesias monolíngues em galego seguem a receber liturgia e catequese exclusivamente em espanhol.
9- Recomendo-che coa melhor das vontades, que te informes antes de fazer críticas ou afirmaçons rotundas verbo de temas que nom conheces mais que por preconceitos baseiados em apreciaçons subjectivas tuas. Podes ferir sensibilidades e nom achega nada a um debate racional.
A.M. Canto:
Cuido que já dumha volta parolamos um anaco sobre a realidade do meu país e vosté empregou estatísticas para choer-se na sua postura. Neste caso é normal que nom lhe quadrem as estatísticas porque de atendermos a elas tamém a tremenda maioria dos galegos estamos a favor da normalizaçom da nossa língua e poucas som, relativamente, as iniciativas individuais que concretem este desejo. O conto é que na análise dumha sociedade temos de atender além de aos simples números e efemérides históricas coma a aprovoaçom dumha lei de normalizaçom, cousa que nom digo que nom seja transcendetal, a mutliplos factores que interactuam nessa sociedade e que nom se vem na tona da oficialidade dos dados ou desde os artigos de opiniom dalguns meios madrilenhos como aquí lhe espuxeram outros galegos e galegas. As inércias históricas, o auto-ódio que mais subliminarmente se nos segue insuflar nos caletres desde instáncias milhentas, as redes caciquis que trabam a liberdade de pensamento e já nom digamos a de voto, o despreço, a folclorizaçom, e a ignoráncia da nossa própria cultura e até de nós mesmos como povo para além de inércias nalguns casos seguem a ser dinámicas fomentadas por diferentes poderes fácticos na nossa terra mália os cernis esforços dumha cada vez maior sociedade consciente (as eleiçons nom tenhem nada que ver com isto, creia-me) que se lhe arrepom co respeito a todas as culturas e línguas do mundo por bandeira começandomos por reclamar o respeito e a vida para a nossa própria. Alguns sabemos como dizia o seu (e meu) admirado Castelao que o nosso melhor contributo à cultura universal fai-se desde nós mesmos porque o que fai grande a cultura humana é a sua variedade e riqueza. Tanto nojo me dá a situaçom à que se levou a minha língua coma a do espanhol em Puerto Rico abafado polo inglês.
Saúde a todos e todas e mil primaveras mais para o nosso idioma como dizia aquel conhezido de Merlim que parava por Miranda.
Biblioteca: Ni los muertos hablan ya gallego
Desculpade as gralhas mais escrevim mui às préssas por falha de tempo.
Biblioteca: Análisis comparado entre ritos y mitos de S. Juan en Galicia con otros irlandeses.
Por se tiver algumha classe de vencelho, comento-vos que na romaria que se celebra contra a metade de julho em santa Justa de Moranha, na bisbarra do Úmia-Caldas, a noite denantes do dia da santa, a gente que acode ao santuario fai-no tamém até a fonte que se atopa numhas leiras para aló da igreja. Ali, mesmo antes de beber da auga santa, é costume anoar cumha soa mao umha folha das candeias do milho daquelas veigas que arrodeiam o sagro manancial. Só se pode fazer cumha mao, sem a ajuda da outra ou o rito nom é válido. Cuido que há ter mais mais relaçom com isto o que comentastes de Sam André de Teixido do que supostos calcos de costumes irlandesses. Saúde.
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