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Desejo agradecer a todos os comentários sobre a transcrição
digital da versão latina do Viis Maris que fiz já há alguns anos.
De facto o estudo da descrição da costa setentrional da península nesta obra é indispensável e sai fora
da minha zona de conhecimento.
Pela minha parte estudei a parte referente à costa entre
o Rio Minho e o Estreito de Gibraltar, de que publiquei uma tradução parcial
aqui:
Nesse estudo cheguei às seguintes conclusões, que gostaria
de partilhar convosco:
Os tipos metódicos de erros que surgem no texto
podem ser identificados pela comparação das grafias e posições sequenciais
geográficas de sítios para os quais de conhecem fontes independentes.
Distinguem-se assim formas de línguas distintas
(nomeadamente francês, inglês, "português do norte"
(galaico-português) e "português do sul" (romance moçárabe do
sudoeste), o que sugere fortemente que os informadores eram pilotos ou
tripulantes que acompanhavam os cruzados ingleses ao longo dos segmentos da costa que conheciam.
Identificam-se também duplicações e trocas de
sequencia de verbetes geográficos, o que indica que o texto é uma compilação a posteriori, feito a partir de fontes diferentes, por alguém que
não conhece bem a geografia costeira peninsular. Relativamente ás confusões sobre as denominações políticas dos Estados peninsulares, deve referir-se que elas são frequentes nas crónicas de cruzados norte-europeus dos séc. XII-XIII.
Verificam-se também erros sistemáticosde confusão entre certas letras dos topónimos (u,n, m,j, i...), certamente originados
por erros de transmissão manuscrita. Convém não esquecer que a edição de Dalché
provém de dois manuscritos franceses já do séc. XV, desconhecendo-se tudo sobre
a sua génese.
É prematuro e contraproducente iniciar uma
análise linguística histórica dos topónimos antes de tentar despistar os tipos
de erros assinalados. A figura seguinte sintetiza a tipologia dos erros
pela sua ordem de formação, desde o original até à edição impressa latina:
Devo enfim sublinhar a importância dos atributos geográficos
dos sítios designados, que de um modo geral se afiguram bastante rigorosos e
muito úteis na identificação dos locais e das suas características fisiográficas e portuárias na Idade Média. Neste sentido chamo a vossa atenção
para a lista sistemática que produzi aqui: http://imprompto.blogspot.pt/2010/12/de-viis-maris-continuacao.html.
Espero que, com a vossa colaboração, venha a ser possível
elaborar um primeiro mapa sistemático e completo de identificação e localização
dos sítios referidos no "Viis Maris", associados ao seu corótipo.
Biblioteca: Los caminos del mar (hacia 1190)
Desejo agradecer a todos os comentários sobre a transcrição
digital da versão latina do Viis Maris que fiz já há alguns anos.
De facto o estudo da descrição da costa setentrional da península nesta obra é indispensável e sai fora
da minha zona de conhecimento.
Pela minha parte estudei a parte referente à costa entre
o Rio Minho e o Estreito de Gibraltar, de que publiquei uma tradução parcial
aqui:
http://imprompto.blogspot.pt/2010/12/de-viis-maris.html
Nesse estudo cheguei às seguintes conclusões, que gostaria
de partilhar convosco:
podem ser identificados pela comparação das grafias e posições sequenciais
geográficas de sítios para os quais de conhecem fontes independentes.
(nomeadamente francês, inglês, "português do norte"
(galaico-português) e "português do sul" (romance moçárabe do
sudoeste), o que sugere fortemente que os informadores eram pilotos ou
tripulantes que acompanhavam os cruzados ingleses ao longo dos segmentos da costa que conheciam.
sequencia de verbetes geográficos, o que indica que o texto é uma compilação a posteriori, feito a partir de fontes diferentes, por alguém que
não conhece bem a geografia costeira peninsular. Relativamente ás confusões sobre as denominações políticas dos Estados peninsulares, deve referir-se que elas são frequentes nas crónicas de cruzados norte-europeus dos séc. XII-XIII.
(u,n, m,j, i...), certamente originados
por erros de transmissão manuscrita. Convém não esquecer que a edição de Dalché
provém de dois manuscritos franceses já do séc. XV, desconhecendo-se tudo sobre
a sua génese.
análise linguística histórica dos topónimos antes de tentar despistar os tipos
de erros assinalados. A figura seguinte sintetiza a tipologia dos erros
pela sua ordem de formação, desde o original até à edição impressa latina:
Devo enfim sublinhar a importância dos atributos geográficos
dos sítios designados, que de um modo geral se afiguram bastante rigorosos e
muito úteis na identificação dos locais e das suas características fisiográficas e portuárias na Idade Média. Neste sentido chamo a vossa atenção
para a lista sistemática que produzi aqui: http://imprompto.blogspot.pt/2010/12/de-viis-maris-continuacao.html.
Espero que, com a vossa colaboração, venha a ser possível
elaborar um primeiro mapa sistemático e completo de identificação e localização
dos sítios referidos no "Viis Maris", associados ao seu corótipo.
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