Autor: Heitor Baptista Pato
viernes, 16 de noviembre de 2007
Sección: Artículos generales
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Tritões e Sereias nos mares de Olisipo (Lisboa): de Plínio o Velho aos autores do séc. XVIII
Plínio o Velho atesta, no séc. I d.C., a existência de tritões e de sereias - "tritones" e "sirenas" - nas proximidades de Olisipo/Lisboa. Tradicionalmente, estes relatos têm sido interpretados como referindo-se a seres totalmente mitológicos. No entanto, tudo indica que estes avistamentos, que continuaram a ser relatados por autores portugueses dos sécs. XVI e XVIII, se referem a lobos marinhos ou focas-monge (Monachus monachus), espécie praticamente extinta na actualidade e que em território português apenas sobrevive no arquipélago da Madeira.
No capítulo IX da sua "Historia Naturalis", dedicado aos animais marinhos, o escritor romano Gaius Plinius Caecilius Secundus afirma que os habitantes de Olisipo enviaram ao imperador Tibério uma embaixada comunicando-lhe o avistamento de um tritão naquela zona da Península Ibérica. Estes avistamentos de tritões e de sereias nas proximidades da cidade de Lisboa e do seu grande estuário, tradicionalmente entendidos como seres míticos, mas que na realidade poderão ser avistamentos da espécie "Monachus monachus" (lobos marinhos), continuaram a ser relatados no séc. XVI e no séc. XVIII por autores portugueses.
É o seguinte o texto completo de Plínio: "Tiberio principi nuntiavit Olisiponiensium legatio ob id missa, visum auditumque in quodam specu concha canentem Tritonem qua noscitur forma. Et Nereidum falsa non est, squamis modo hispido corpore etiam qua humanam effigiem habet. Namque haec in eodem spectata litore est, cuius morientis etiam cantum tristem accolae audivere longe, et Divo Augusto legatus Galliae conplures in litore apparere exanimes Nereidas scripsit" ("Ao imperador Tibério foi anunciado por uma embaixada de Olisiponenses, enviada para esse efeito, que tinha sido visto e ouvido numa certa gruta, tocando búzio, um Tritão sob a forma que é conhecida. E não são mentira as Nereides, com o corpo áspero coberto por escamas, mesmo na parte em que têm figura humana. Porque também na mesma costa litoral foi vista uma, cujo triste canto de agonia os habitantes ouviram de longe, e um governador da Gália sob o Divino Augusto escreveu-lhe que muitas destas Nereides apareceram mortas na costa.")
Na continuação deste texto, escreve Plínio: "Auctores habeo in equestri ordine splendentes, visum ab iis in Gaditano oceano marinum hominem toto corpore absoluta similitudine; ascendere eum navigia nocturnis temporibus statimque degravari quas insederit partes et, si diutius permaneat, etiam mergi." ("Tenho testemunhos de distinguidos membros da ordem equestre atestando que eles próprios viram no oceano de Gades um homem marinho, em todas as partes do seu corpo parecido com um homem; e que durante a noite ele subia aos navios fazendo imediatamente afundar a parte onde se sentava e, se ali permanecesse por algum tempo, o submergia (…)".
Plínio escrevia no séc. I da era cristã. Mais de mil e quatrocentos anos decorridos seria a vez de o humanista Damião de Góis nos narrar, na sua famosa "Urbis Olisiponi Descriptio" publicada em 1554, avistamentos de tritões nas proximidades de Lisboa, recuperando e actualizando uma tradição já então multissecular.
Referindo-se à serra de Sintra, começa o cronista por explicar que "ao lado dessa serra, na direcção do oceano, a cerca de dois mil passos, está colocada num outeirinho uma aldeia, a que os naturais dão o nome de Colares. E não muito longe da aldeia, debaixo dum rochedo sobranceiro ao mar, há uma gruta batida pelo oceano. A gruta engole as ondas que penetram lá dentro e se entrechocam numa confusão de água e de espuma, e de novo as vomita com o enorme ruído das vagas. Daí que o nosso povo julgue que ali foi visto outrora um tritão a cantar com a sua concha" (5, pp. 35 ss.). Damião de Góis parece assim situar nas proximidades de Colares, junto ao cabo da Roca, o avistamento relatado por Plínio.
De facto, e referindo-se ao tritão, o cronista recorda que "já Plínio escreveu que foi visto e ouvido na Lusitânia, em tempos de Tibério César. Escreve ele: "Uma embaixada enviada expressamente pelos habitantes de Olisipo comunicou ao Imperador Tibério que tinha sido visto e ouvido em determinada gruta um tritão a cantar com uma concha, apresentando-se com o aspecto conhecido"". Mas logo sublinha que a tradição permanecia viva nos seus dias, em pleno séc. XVI: "E julgo que não se deva passar em silêncio o seguinte: nos nossos dias, em diversos lugares das proximidades deste litoral, tem-se encontrado uma espécie de homens a que os habitantes da área começaram a dar o nome de homens-marinhos, devido à sua natureza e origem, sobretudo pelo facto de apresentarem e conservarem na superfície da pele uma rugosidades ou escamas espalhadas quase por todo o corpo, como se fossem vestígios da sua antiga raça. Sempre se teve como certo que tais seres devem a sua origem e ascendência aos homens-marinhos, ou tritões".
O autor chegar mesmo a sugerir, ainda que implicitamente, a realidade de contactos sexuais entre aquela espécie e a dos humanos, esclarecendo que "tudo isto provém, conforme as tradições dos antepassados, de que os tritões por vezes saltavam para terra, e pouco a pouco se habituavam a brincar na praia; atraídos pela doçura da fruta, que naquela região é muito abundante, ali voltavam muitas vezes; por inefável astúcia dos habitantes, alguns deles foram apanhados e depois iniciados com carinho num género de vida mais civilizado e menos selvagem." A frase "iniciados com carinho" deve ler-se, segundo penso, como uma amável perífrase para designar contactos sexuais muito pouco inefáveis…
Damião de Góis relata a seguir um outro caso seu contemporâneo, "sucedido há poucos anos, não longe do Promontório da Lua [cabo da Roca, Sintra]. Fernão Álvares, escrivão da Casa da Índia, homem de toda a confiança, tinha uma pequena propriedade rústica ali junto ao Promontório da Lua, e era seu vizinho um camponês sério e digno de crédito. Contou-me o referido escrivão que o tal vizinho se dirigia muitas vezes a uns rochedos da praia para pescar. Ora um dia, estando a pesca a correr-lhe bem (...) ia atirando os peixes, à medida que os apanhava, para trás, para uma concavidade enxuta da rocha, onde ficariam mais seguros. Repetiu o gesto muitas vezes: até que notou por entre as rochas a presença de um rapaz, ainda moço, nu e sem barba. Não fez caso; pois, como os habitantes dos arredores costumavam ir nadar para aqueles sítios, pensou tratar-se de algum deles. Entretido como estava com a pesca, nem sequer lhe dirigiu a palavra. Mas depois, reparando mais atentamente, viu o garoto a apanhar os peixes com a mão, a levá-los à boca e a comê-los!... Furioso correu para agarrar o moço; mas este, rindo-se às gargalhadas, fugiu numa corrida ligeira e, depois de andar à tona, mergulhou no oceano".
Realçando querer "lançar no debate um testemunho mais convincente", Damião de Góis menciona ainda um incidente ocorrido junto ao Promontório Barbárico (cabo do Espichel, Sesimbra), situado não muito longe de Lisboa: "(...) nos nossos dias andava um pescador a tentar pescar, com linha e anzol, entre as rochas do Promontório Bárbaro, perto da Ermida de Santa Maria: de repente, saltou-lhe das ondas para o rochedo um tritão macho, de barba comprida, longos cabelos, peito crespo, de rosto não muito disforme, e aspecto perfeitamente humano. Tendo ficado um pouquito a aquecer-se ao sol e a observar de esguelha o homem, que por sua vez também o contemplava, subitamente, tomado de medo e dando um grito com um som quase semelhante a voz humana, precipitou-se nas águas do mar. É isto o que o pescador ainda hoje conta com muitos pormenores e belas palavras a quem o queira ouvir, acerca do tritão ou homem-marinho".
O cronista esclarece que também noutros locais se avistavam tritões, referindo um caso ocorrido junto ao Barreiro, na margem sul do Tejo, defronte da cidade de Lisboa. "Além disso", acrescenta, "nos Antigos Arquivos do Reino, de cuja chefia eu próprio estou superiormente encarregado, existe ainda um antiquíssimo manuscrito, dum contrato celebrado entre o Rei D. Afonso III e Paio Peres, mestre da Ordem dos Cavaleiros de São Tiago; nesse documento se determina que o imposto das sereias e de outras espécies animais pescadas nas praias da referida Ordem devia ser pago aos Reis, e não ao Mestre da Ordem. Donde se deduz obviamente que as sereias erão então frequentes nas nossas águas, visto que sobre elas se promulgou uma lei".
Ora, é este mesmo documento que nos permite concluir que os "tritões" e as "sereias" não seriam então entendidos como uma espécie imaginada, de algum modo herdeira da mitologia clássica, mas sim como animais marinhos realmente existentes nos nossos mares. De facto, uma leitura mais atenta deste documento da chancelaria de D. Afonso III, datado de 1274, permite deduzir que a palavra "sereia" não designava então um ser mítico, mas sim uma simples espécie marítima (1, p. 287).: "E se per ventura algua Balea ou Baleato ou serea ou coca ou Roaz ou Musaranha ou outro pescado grãde que semelhe alguu destes morrer em Sesimbra ou em Silves ou em outros lugares da Ordim [de Santiago] que El Rey aia ende seu dereyto." ("E se porventura alguma baleia ou baleato ou sereia ou coca ou roaz ou musaranha ou outro pescado grande que se assemelhe a algum destes morrer em Sesimbra ou em Silves ou noutros lugares da Ordem de Santiago, que o Rei receba deles o seu direito").
Se avançarmos até ao séc. XVIII, também o Padre Luís Cardoso, ao mencionar a serra da Arrábida no seu "Dicionário Geográfico" de 1747, observa: "(...) Bem defronte da lapa [de Santa Margarida] se levanta sobranceiro ao mar o Penedo do Duque, assim chamado pelas muitas vezes, que subia a pescar delle o duque D. Alvaro [de Lancastre, 3º Duque de Aveiro]; e junto deste penedo he tradição, que foy visto nos tempos antigos hum homem marinho, que sahindo dentre as aguas, se recolhia outra vez a ellas, depois de ter furtado os peixes a hum pescador, que de cima da rocha estava pescando; e a primeira vez que vio o author do furto, desamparou o sitio com tanto medo, e nunca mais quiz tornar a elle. Hum padre da nossa congregação [Oratonianos], que ainda vive quando isto escrevemos, nos contou vira outro semelhante em pouca distância do mesmo penedo com meyo corpo fora de agua da feição de um homem muito branco, e bem figurado; o qual olhando para todas as partes, e sacodindo a cabeça, que tinha povoada de grandes cabellos de huma cor verde mar, se sumio outras vez nas ondas, mergulhando-se nellas como o costumão fazer os nadadores." (3, Tomo I, p. 587).
Todos estes relatos parecem referir-se a avistamentos de lobos marinhos, espécie relativamente abundante nos tempos de Plínio o Velho, mas que era já muito rara no séc. XVI e que é hoje inexistente no litoral ocidental de Portugal continental. Os lobos-marinhos, ou focas-monge do Mediterrânio (Monachus monachus), são actualmente a foca mais rara do Mundo, de que se estima existirem apenas cerca de meio milhar de exemplares, distribuídos pelo Mediterrâneo, Mar Negro e Atlântico, costa noroeste de África e nas Ilhas Desertas do arquipélago da Madeira (onde, avistados em grande quantidade por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira em 1419, deram origem ao topónimo Câmara de Lobos). São animais amistosos e brincalhões, que se aproximam facilmente do homem e de embarcações; quando jovens, estabelecem contacto sem dificuldades.
Mencionados desde o séc. I da era cristã nas costas atlântica e mediterrânica da Península Ibérica, estes avistamentos de "tritões" e de "sereias" parecem, pois, ter como base inicial os relatos mais ou menos fiéis de uma espécie marinha realmente existente. O próprio Plínio (e os autores portugueses posteriores) alude a animais marinhos reais e não a seres imaginários: no seu texto, é óbvio que não se refere às mitológicas sereias de Homero, metade mulheres, metade aves, que Odysseos/Ulisses teria encontrado no seu regresso a Ítaca. No entanto, fica igualmente claro que os autores dos sécs. XVI e XVIII reflectem a antiquíssima tradição popular de considerar estes animais como quase sobrenaturais ou maravilhosos; e de tal modo o fazem que, mesmo perante eventuais avistamentos de seres humanos nadando nas águas, não hesitam em qualificá-los como tritões…
NOTA 1 - Não posso deixar de recordar, num mero parêntesis, que o avistamento de "sereias" foi reportado por Cristóvão Colombo no seu diário. A 9 de Janeiro de 1492, menciona: "(…) En toda esta tierra hay muchas tortugas de las cuales tomaron los marinos en el Monte-Cristi que venían a desovar en tierra, y eran muy grandes como una grande tablachina. El día pasado, cuando el Almirante iba al Río de Oro, dijo que vio tres sirenas que salieron bien alto de la mar, pero no eran tan hermosas como las pintan, que en alguna manera tenían forma de hombre en la cara. Dijo que otras veces vio algunas en Guinea, en la costa de Manegueta (...)". Por outro lado, o prolífico Alonso Fernández de Madrigal, ou Alonso Tostado, refere-se longamente ao mito das sereias no seu "Comentario" à Historia Eclesiástica de Eusébio de Cesareia, publicado em Salamanca em 1506/1507.
BIBLIOGRAFIA
(1) AZEVEDO, Pedro d’ - "Sereias", in "Revista Lusitana", nº 3, 4º vol., Lisboa, Antiga Casa Bertrand, 1896
(2) BRITO, Frei Bernardo de - "Monarchia Lusytana", Lisboa, Pedro Craesbeeck, 1632
(3) CARDOSO, Pe. Luís - "Diccionario Geografico", etc., Lisboa, Regia Officina Silviana, 1747-1751
(4) COLÓN, Cristóbal - "Diario de a bordo del primer viaje a las Indias", http://www.ideasapiens.com/textos/America/diario_%201viaje_%20america.ht
(5) GÓIS, Damião de - "Descrição da Cidade de Lisboa", ed. de José da Felicidade Alves, Lisboa, Livros Horizonte, 1988 (1ª edição 1554)
(6) PLINIUS, Caius Secundus - "Historia Naturalis", http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman
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Agradecendo desde já a colaboração de todos os "celtiberos", gostaria de acrescentar ao meu artigo uns breves apontamentos sobre a origem das sereias. Não o fiz inicialmente, porque o artigo visava unicamente a permanência popular dos avistamentos na costa litoral da zona de Lisboa entre o séc. I e o séc. XVIII.
A questão é, de facto, bastante complicada... Na antiguidade grega, as "sereias" (grego "seirên", "seirênes") eram entendidas como entidades femininas com rosto de mulher e corpo e patas de ave, normalmente representadas com asas, como se pode observar num famoso vaso grego do British Museum (ver foto: http://www.theoi.com/Pontios/Seirenes.html ), datado de 480-470 a.C. Só posteriormente passaram a ser representadas como mulheres com a parte inferior do corpo em forma de peixe - tal como acontecia já com o "protótipo" assírio da deusa Atargatis, a que os gregos chamaram Derketo; este tipo de sereias tinha a sua contrapartida masculina no "Tritão" (grego "Tritôn"), filho de Poseidon e de Anfitrite (ver foto: www.theoi.com/Pontios/Triton.html)
Para complicar ainda mais a questão, os gregos falavam também de Nereides, deusas do mar ou ninfas, filhas de Nereus, que viviam no Egeu comandadas por Thetis; eram sempre representadas por jovens donzelas, cavalgando seres marinhos como golfinhos, hipocampos ou animais fantásticos (ver foto: http://www.theoi.com/Pontios/Nereides.html ). Não é, porém, neste sentido que Plínio as refere, mas sim como seres verdadeiramente marinhos.
Como se a complicação não fosse já suficiente, temos ainda na Idade Média europeia as "melusines" ou "melusinas", espíritos dos rios e das fontes naturais, representados sob a forma de uma mulher que, da cintura para baixo, é um peixe ou uma serpente; por vezes, apresenta também asas (ver foto: http://en.wikipedia.org/wiki/Melusine; apesar de estar na famigerada wikipedia, trata-se de um bom artigo). Delas afirma descender a família dos Lusignan, que também tem representação em Portugal.
Finalmente, e para aumentar ainda mais a confusão: em língua inglesa, as mulheres/aves designam-se por "sirens", enquanto as mulheres/peixe se designam por "mermaids". Em português, porém, tal como (ao que julgo) em espanhol, francês ou italiano, existe apenas uma mesma palavra para designar ambas as realidades: "sereia", "sirena", "sirène", "syrena"… o que em nada ajuda a clarificar a questão.
A imagem hoje "clássica" das sereias como metade mulher, metade homem foi popularizada na obra de um autor de Alexandria e que ficou conhecida sob a designação de "Physiologus" (ver: http://www.newadvent.org/cathen/12068a.htm). Traduzida para latim cerca do ano 400 - mas publicada em grego talvez já no séc. II d. C. - atingiu enorme notoriedade e divulgação, nomeadamente entre os autores cristãos. Aí eram as sereias descritas como monstros marinhos "maravilhosamente formados como uma mulher da cintura para cima e como um peixe do umbigo para baixo".
A tradiçao homérica das sereias, entendidas como seres que atormentam os marinheiros, permaneceu bem viva ao longo de toda a Idade Média europeia. Sirva como apenas um entre inúmeros exemplos o que relata o autor de uma crónica do séc. XII, um cruzado que participou na conquista da cidade de Lisboa aos Mouros pelo primeiro rei português, D. Afonso Henriques, em 1147 (há exactamente 860 anos): depois de os cruzados terem partido de Inglaterra e de terem avistado "os cumes dos montes Pirinéus", sobreveio um forte temporal que dispersou a armada. "A cerrada escuridão da noite e a extraordinária força das correntes marítimas levavam o desespero aos marinheiros, mesmo aos mais destemidos. Ouviram-se então sereias de voz horripilante, primeiro como de pranto, depois como de riso e gargalhadas, semelhantes a clamores de um arraial que nos insultasse".
Com os Descobrimentos Marítimos protagonizados por Portugal e Espanha, o conhecimento de espécies até então ignoradas, como os manatis (Senegal e costas americanas, da Florida à Amazónia) e dugondos (Oceano Índico) juntaram-se aos avistamentos "clássicos" de focas marinhas no Mediterrâneo e em parte da costa ocidental africana, alimentando as antigas lendas e contribuindo para um ressurgimento do mito das sereias e dos tritões.
Ver também, sobre as primitivas sereias gregas: http://216.239.59.104/search?q=cache:Gg2Sg1MgllwJ:homepage.mac.com/cparada/GML/SIRENS.html+siren+greek&hl=pt
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